Campo Grande (MS), Quarta-feira, 29 de Outubro de 2025

Política / Segurança Pública

Castro e Lewandowski anunciam criação de escritório emergencial após megaoperação no Rio de Janeiro

Medida busca reforçar o combate ao crime organizado após ação que deixou 119 mortos, a mais letal da história do estado

29/10/2025

19:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciaram na noite desta quarta-feira (29) a criação de um escritório emergencial de segurança pública para coordenar ações integradas contra o crime organizado. A medida foi divulgada durante coletiva de imprensa no Palácio Guanabara, um dia após a operação policial mais letal já registrada no estado.

O anúncio ocorreu após reunião que contou com a presença do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antonio Fernando Oliveira.

“Independente de erros ou acertos, saímos daqui hoje com uma grande oportunidade”, declarou o governador Cláudio Castro, ao destacar a necessidade de cooperação entre as forças estaduais e federais.

Novo modelo de integração

O ministro Ricardo Lewandowski explicou que o escritório funcionará como um fórum permanente de diálogo e decisão rápida, reunindo representantes de diferentes forças de segurança.

“O objetivo é garantir respostas céleres e integradas, ampliando a presença do Estado em áreas dominadas pelo crime organizado”, afirmou o ministro.

Lewandowski também confirmou o reforço do efetivo federal no Rio, com envio adicional de agentes da Polícia Federal e da PRF. A megaoperação da terça-feira (28) mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e resultou na morte de 119 pessoas, incluindo quatro policiais, em comunidades da Zona Norte da capital.

Protestos e tensão em frente ao Palácio Guanabara

Antes da coletiva, manifestantes se reuniram em frente ao Palácio Guanabara, carregando faixas e bandeiras do Brasil tingidas de vermelho, simbolizando o sangue das vítimas da operação.
Os participantes acusaram o governo estadual de promover um “massacre” e fizeram referência à vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Gritos de “assassinos” ecoaram no local durante a chegada das viaturas da Polícia Militar.

A Rua Pinheiro Machado foi parcialmente interditada para o controle da manifestação. Policiais fortemente armados formaram barreiras de contenção, enquanto um helicóptero da PM sobrevoava a área em monitoramento.

Contexto da crise

A megaoperação, realizada em comunidades dominadas pelo Comando Vermelho (CV), teve como objetivo desarticular núcleos armados da facção, responsáveis por ataques recentes a agentes de segurança e por confrontos que paralisaram bairros inteiros. A ação, no entanto, gerou repercussão nacional e internacional, com entidades de direitos humanos e parlamentares pedindo investigação independente sobre o número elevado de mortos.

O novo escritório anunciado pelo governo federal e estadual deve começar a operar nos próximos dias, com foco em coordenação de inteligência, logística e monitoramento territorial — em um esforço conjunto para conter a escalada da violência no Rio de Janeiro.


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