Policial / Justiça
Ex-jogador que agrediu namorada com 61 socos é violentado e espancado dentro de presídio no Rio Grande do Norte
Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, cumpre prisão preventiva por tentativa de feminicídio após ataque brutal filmado por câmeras de segurança em Natal
05/10/2025
07:30
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, foi vítima de violência física e sexual dentro da unidade prisional onde cumpre prisão preventiva por tentativa de feminicídio. O caso foi revelado neste fim de semana por veículos locais e confirmado por fontes do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte.
Igor ficou conhecido nacionalmente após ser flagrado por câmeras de segurança desferindo 61 socos contra sua então namorada, Juliana Garcia, dentro de um elevador em um prédio de Natal. As imagens, amplamente divulgadas em julho, mostraram uma sequência brutal de agressões que deixaram a vítima desacordada e com múltiplas fraturas no rosto, gerando comoção e repúdio em todo o país.
Após a repercussão do vídeo, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou o ex-jogador por tentativa de feminicídio, e a Justiça decretou sua prisão preventiva, que vem sendo cumprida em regime fechado.
Desde então, Igor Eduardo foi encaminhado a uma unidade de custódia de segurança média. Fontes ouvidas pelo portal A Fonte relatam que o ex-atleta passou a ser hostilizado por outros detentos que repudiaram a violência cometida contra a namorada.
De acordo com informações preliminares, o ex-jogador foi espancado e violentado sexualmente dentro da cela. O episódio ocorreu durante um ato de represália de outros presos. Após as agressões, Igor precisou ser atendido por uma equipe médica e recebeu tratamento emergencial na enfermaria do presídio.
Apesar dos ferimentos, o acusado segue sob custódia do Estado, e a Secretaria de Administração Penitenciária do RN informou que instaurou procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido.
O caso volta a reacender o debate sobre a escalada da violência contra a mulher e a necessidade de respostas mais firmes da Justiça diante de episódios de feminicídio e suas tentativas.
As imagens do ataque, registradas no elevador, foram fundamentais para a denúncia e prisão do ex-atleta, que permanece respondendo judicialmente pelos crimes de tentativa de feminicídio e lesão corporal grave.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres ressaltam que o episódio simboliza o ciclo perverso da violência de gênero, que atinge não apenas vítimas diretas, mas também exige do Estado políticas mais eficazes de prevenção e acolhimento.
O processo contra Igor Eduardo Pereira Cabral segue em andamento na Justiça potiguar. A defesa do acusado ainda não se manifestou oficialmente sobre o episódio ocorrido dentro da unidade prisional.
Juliana Garcia, a vítima das agressões, segue em tratamento médico e psicológico, e tem recebido apoio de entidades de proteção à mulher.
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