Campo Grande (MS), Segunda-feira, 18 de Agosto de 2025

Política Internacional

Trump recebe Zelensky e líderes europeus em Washington para debater guerra na Ucrânia

Encontro ocorre após conversa do presidente norte-americano com Vladimir Putin; Kiev rejeita rascunho russo que prevê concessões consideradas inaceitáveis

18/08/2025

07:00

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inicia nesta segunda-feira (18) uma das agendas mais sensíveis desde seu retorno à Casa Branca. Em Washington, ele recebe o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e, em seguida, se reúne com um grupo de líderes europeus para discutir alternativas para encerrar a guerra que já se estende desde fevereiro de 2022.

Agenda de reuniões

O primeiro compromisso ocorre às 13h15 (14h15 em Brasília), no Salão Oval, em um encontro reservado entre Trump e Zelensky. Mais tarde, às 15h (16h em Brasília), a reunião será ampliada para incluir:

  • Emmanuel Macron (França)

  • Keir Starmer (Reino Unido)

  • Friedrich Merz (Alemanha)

  • Ursula von der Leyen (Comissão Europeia)

  • Mark Rutte (Otan)

  • Giorgia Meloni (Itália)

  • Alexander Stubb (Finlândia)

Diplomatas destacam que a presença de líderes como Meloni, Stubb e Rutte também tem o objetivo de evitar atritos diretos entre Trump e Zelensky durante as negociações.

Posição da Ucrânia

O governo de Kiev insiste em garantias de segurança equivalentes ao Artigo 5 da Otan, que prevê defesa coletiva em caso de ataque. Zelensky descarta qualquer cessão territorial e afirma que a integridade do país é inegociável.

Interlocução com Moscou

No sábado (16), Trump se encontrou no Alasca com o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, o líder russo teria sinalizado abertura para discutir um pacto de segurança “inspirado na Otan”. Contudo, não houve divulgação de detalhes oficiais.

Proposta russa em circulação

Um rascunho atribuído ao Kremlin circula entre diplomatas e prevê:

  • Retirada parcial das tropas do norte da Ucrânia;

  • Reconhecimento internacional da Crimeia como território russo;

  • Controle sobre parte do Donbas;

  • Veto à entrada da Ucrânia na Otan;

  • Flexibilização das sanções impostas pelo Ocidente.

Para Kiev, aceitar os termos seria equivalente a abrir mão da soberania nacional. Diplomatas ressaltam que não se trata de uma proposta formal, mas de uma estratégia russa para consolidar ganhos militares e políticos acumulados desde o início da invasão.


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