Luto na Imprensa
MS e MT de luto com a morte do radialista e palestrante Gino Rondon
Comunicador corumbaense com atuações em emissoras de MS, MT e SP estava internado em hospital de Rondonópolis
25/06/2025
21:45
EDSON MORAES
©DIVULGAÇÃO
O laureado comunicador Gino Rondon faleceu na noite desta quarta-feira, 25, em um hospital privado de Rondonópolis (MT), onde havia sido internado havia cerca de cinco semanas para tratar de um ferimento no pé. Uma bactéria invasiva alojou-se no seu pulmão. Diabético, foi levado para uma UTI, onde ficou 14 dias entubado. A pneumonia bacteriana obrigou os médicos a realizarem uma traqueotomia, abrindo uma cavidade no pescoço para a psssagem de ar.
No entanto, Gino não resistiu. Tinha 73 anos e deixou a esposa, Edna, com quem era casado desde 1975, e as filhas Lucilena e Flávia. O casal teve um filho, o engenheiro Gino Rondon da Silva, que morreu em 2012, aos 29 anos, após advertir funcionários com quem trabalhava e estavam cometendo furtos na empresa da qual eram empregados. A dor não derrubou Gino, que passou com Edna por diversas provações, uma delas ao ser infectado duas vezes pela Covid-19. Também sobreviveu a um infarto e à pressão alta, além de possuir três stents no coração.
O seu nome de batismo era Virgínio Aleixo Rondon Gomes da Silva. A vocação para o rádio descobriu aos 17 anos em Corumbá, cidade natal. No início dos anos 1970 estreou na Rádio Clube, depois de ser aprovado com destaque no teste de locução. O timbe diferenciado de sua voz, de um grave médio e contagiante sonoridade, logo o revelou para experiências em outros estados e cidades, sobretudo Campo Grande (MS), São Paulo e Mato Grosso.
Em sua trajetória, ocupou cargos relevantes em governos estaduais e prefeituras, dirigindo ou integrando secretarias e assessorias de cerimonial, divulgação e produção de conteúdo. Aprimorou os conhecimentos tornando-se especialista em Comunicação, consultor de Marketing e Endomarketing, jornalista, apresentador de TV. Abriu então um outro caminho: as palestras. Tinha clientelas em vários estados e municípios, prestando consultorias ou cursos de Oratória, Empreendedorismo, Cerimonial, Técnicas de Vendas e Liderança. Também era MBA em Marketing, Estratégias de Vendas, Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas; Acelerador de Carreiras e Consultor de Marketing Organizacional e Político.
Quando retornou ao chão de seus dois Mato Grosso realizou cursos e trabalhou em várias emissoras de rádio, apresentando e gravando programas musicais, de motivação e incentivo empreendedorista. Em Campo Grande, passou por várias emissoras, desde a Rádio Cultura à Rádio Hora e Rádio Jara. Nesta, fez parceria com um de seus contemporâneos e grande amigo, o jornalista e escritor Edson Moraes.
CONTEÚDOS DE AMOR - Gino semeava amor, esperança e fé, sentimentos que marcavam o conteúdo de um bate-papo de cinco minutos que gravava para inserções em várias emissoras. Era o "Cafézinho com Gino Rondon", transmitido para estações de Campo Grande, Corumbá e outras cidades.
Defensor radical da sustentabilidade, da paz e da preservação dos bens históricos e memoriais, gravou com Edson Moraes e Admir Lobo - outro amigo, conterrâneo e parceiro de profissão - a reprise de um programa antológico do rádio corumbaense, o "Janela Aberta Para a Cidade". Tratava-se da leitura de poesias e crônicas escritas pelo inesquecível Clio Proença e transmitidas por locutores e personalidades culturais, como Jota Aguillar, Sônia Ruas Rolon e Marluce Brasil.
Em 2023, duas versões inéditas deste programa, gravado com as vozes de Gino Rondon, Edson Moraes, Admir Lobo, Marluce de Castro e Sônia Rolon, foram transmitidas pelos programas dos radialistas Jonas de Lima e Joel de Souza. Atualmente, Moraes, Marluce e Sônia moram em Campo Grande; Lobo está em Cuiabá desde os anos 1980.
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