Meio Ambiente / Segurança
Onça-pintada capturada após morte de caseiro no Pantanal é batizada e se adapta bem em SP
Batizado de Irapuã, felino vive em recinto do Instituto Ampara Animal; não há confirmação de que seja o mesmo animal que atacou a vítima em Aquidauana (MS)
21/06/2025
15:00
DA REDAÇÃO
Onça-pintada que atacou homem no Pantanal é transferida para mantenedora em Amparo (SP) — Foto: Acervo Instituto Ampara Animal
A onça-pintada capturada em abril deste ano no Pantanal de Aquidauana (MS), suspeita de ter atacado e matado o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, recebeu um nome. O felino foi batizado como Irapuã, que significa “agilidade e força” em tupi-guarani, e atualmente vive sob cuidados no Instituto Ampara Animal, na cidade de Amparo (SP).
De acordo com o médico-veterinário e responsável técnico do instituto, Jorge Salomão Júnior, o animal tem apresentado boa evolução clínica e comportamental, demonstrando adaptação progressiva ao novo ambiente.
“Do ponto de vista clínico, ele está evoluindo muito bem, está comendo cada vez melhor. Chegou com episódios de diarreia, que foram sendo corrigidos. Hoje, as fezes já estão firmes. Na parte comportamental, também se adapta super bem”, afirmou.
Apesar da captura, as autoridades ambientais informam que não há confirmação científica de que esta seja a mesma onça responsável pela morte do caseiro.
O ataque ocorreu no dia 21 de abril, às margens do rio Miranda, no Pantanal de Aquidauana (MS). A vítima, Jorge Ávalo, trabalhava como caseiro de um pesqueiro há 16 anos e estava acostumado à presença de onças na região.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou pegadas do felino próximas aos restos mortais do caseiro, que foram localizados tanto no local do ataque quanto em uma toca, a cerca de 300 metros, em área de mata fechada.
O laudo necroscópico, elaborado pelo Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, apontou que o caseiro morreu devido a uma mordida de onça-pintada na cabeça, além de apresentar outros sinais de agressões características do ataque de um grande felino.
A onça foi capturada no dia 24 de abril por equipes da PMA, que seguiram os rastros do animal na região. Após a captura, o felino foi transferido para o Instituto Ampara Animal, que mantém recintos de reabilitação para grandes felinos.
Atualmente, Irapuã segue em período de adaptação, em recinto isolado, sob acompanhamento veterinário constante.
Apesar da comoção causada pelo ataque, especialistas e ambientalistas destacam que casos como esse são extremamente raros, resultado do aumento da interação entre seres humanos e animais silvestres em áreas de expansão turística e ocupação no Pantanal.
O episódio reforça a importância de políticas públicas para a preservação dos habitats naturais, além do monitoramento de felinos de grande porte, como medida de prevenção a conflitos entre humanos e animais.
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