Campo Grande (MS), Sexta-feira, 20 de Junho de 2025

Campo Grande / Transporte

“Se pudesse, compraria 200 ônibus”, diz diretor do Consórcio Guaicurus sobre renovação da frota

Empresa recorre na Justiça contra exigência da Prefeitura e afirma ser impossível substituir 98 ônibus em 30 dias

18/06/2025

20:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (18) que é impossível cumprir a determinação da Prefeitura de Campo Grande, que exige a renovação de 98 ônibus fora do prazo de validade até o dia 21 de junho. A declaração foi dada durante a terceira fase das oitivas da CPI do Transporte Coletivo na Câmara Municipal.

De acordo com Themis, a decisão da Prefeitura, publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) no dia 21 de maio, seria uma medida “para jogar para a plateia”, uma vez que não existe possibilidade técnica nem mercado capaz de fornecer essa quantidade de veículos em apenas um mês.

“Se eu pudesse, não compraria 98, compraria 200 ônibus. Só que ônibus não estão na prateleira, não se compra e entrega em 30 dias. Isso não existe”, declarou.

Prazos impossíveis e ação na Justiça

  • Themis explicou que já procurou fabricantes, como a Marcopolo, que informou prazo mínimo de 150 dias após a entrega do chassi, sendo que esse, por sua vez, leva 120 dias para ser fabricado.

  • O Consórcio entrou na Justiça para suspender a exigência e a multa, que seria de 5% da receita diária por dia de descumprimento, conforme publicação assinada pela Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Delegados de Campo Grande).

Queda no número de passageiros e redução da frota

  • Desde o início da concessão, em 2012, 114 ônibus foram retirados da frota.

  • Segundo Themis, a retirada ocorreu devido à redução no número de passageiros, acentuada no período pós-pandemia.

  • “Em 2024, projetávamos transportar 85 milhões de passageiros, mas o número ficou bem abaixo disso”, afirmou.

Custo da renovação e necessidade de aporte público

  • O diretor do Consórcio destacou que renovar a frota custaria cerca de R$ 170 milhões, valor inviável sem apoio da Prefeitura.

  • “Sem o poder público é impossível. Nenhum banco aprovaria crédito analisando nossos balanços sem garantias”, afirmou.

  • Themis defendeu uma repactuação do contrato, com envolvimento da Câmara Municipal, Ministério Público de MS e Judiciário.

Principais pontos da fala do diretor do Consórcio:

  • ❌ Impossibilidade técnica de renovar 98 ônibus em 30 dias

  • 🚫 Pedido de suspensão da multa diária aplicada pela Agereg

  • 📉 Justificativa da redução da frota pela queda no número de usuários

  • 💰 Necessidade de aporte financeiro da Prefeitura para garantir a renovação da frota

  • 🤝 Defesa da repactuação do contrato, com mediação de MPMS e Câmara


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