Política / Eleições 2026
Bolsonaro articula candidatura de Carlos ao Senado por Santa Catarina em 2026
Movimento busca fortalecer o PL no Senado e pressionar o STF; candidatura já foi discutida com o governador Jorginho Mello
15/06/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) articula lançar o filho Carlos Bolsonaro (PL) como candidato ao Senado por Santa Catarina nas eleições de 2026. A possível candidatura já foi discutida com o governador Jorginho Mello (PL), aliado do ex-presidente, e comunicada a parlamentares e lideranças do partido no estado.
A estratégia faz parte do movimento de fortalecer a bancada do PL no Senado, ampliando a influência da legenda nas votações que envolvem, entre outras atribuições, a indicação e eventuais processos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para viabilizar a candidatura, Carlos Bolsonaro, atualmente vereador mais votado do Rio de Janeiro, precisará transferir seu domicílio eleitoral do RJ para Santa Catarina até 4 de abril de 2026.
O plano inclui uma dobradinha com o governador Jorginho Mello, que tentará a reeleição, e com a deputada federal Caroline De Toni (PL), fortalecendo a chapa bolsonarista no estado.
As duas vagas de Santa Catarina no Senado a serem renovadas são ocupadas atualmente por:
Esperidião Amin (PP)
Ivete da Silveira (MDB) – suplente que assumiu após a eleição de Jorginho Mello para o governo em 2022.
A escolha de Santa Catarina se deve ao forte apoio ao bolsonarismo no estado. No segundo turno das eleições de 2022, Bolsonaro obteve 69,27% dos votos válidos, contra 30,73% de Lula (PT).
Em 2023, outro filho do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, já se elegeu vereador por Balneário Camboriú (SC), consolidando a presença da família na política catarinense.
A articulação, no entanto, gerou desconforto entre aliados locais, especialmente na deputada Julia Zanatta (PL-SC), que também planejava disputar o Senado em 2026.
Informações de bastidores apontam que Zanatta chegou a procurar outros partidos, mas oficialmente ela nega qualquer tratativa.
“Jamais procurei outro partido para migrar”, afirmou Zanatta à imprensa.
“Bolsonaro me falou que existe essa possibilidade da candidatura do Carlos.”
A movimentação de Carlos faz parte de uma estratégia mais ampla da família:
Eduardo Bolsonaro, atualmente deputado federal por São Paulo, é cotado para disputar o Senado. Ele está nos Estados Unidos, em autoexílio, e é alvo de inquérito no STF.
Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, é favorita ao Senado pelo Distrito Federal, mas também é cogitada para uma eventual candidatura à Presidência ou à vice, já que Jair Bolsonaro está inelegível.
Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente, deve disputar uma vaga de deputado federal por São Paulo.
A articulação nacional da família Bolsonaro busca ampliar a força do PL no Senado, visando não apenas fortalecer a oposição, mas também pressionar o Supremo Tribunal Federal, cuja composição passa pela aprovação dos senadores.
O senador Jorge Seif (PL-SC), aliado da família, confirmou que vê a candidatura de Carlos como algo praticamente definido.
“Isso é normal na política. Bolsonaro é de SP e se elegeu no RJ. Marina é do Acre e se elegeu por SP. Jean Wyllys é baiano e se elegeu no RJ. Tarcísio, do RJ, virou governador de SP.”, afirmou Seif.
Até o momento, Carlos Bolsonaro não comentou oficialmente sobre a candidatura.
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