Campo Grande (MS), Quarta-feira, 04 de Junho de 2025

Interior / Bataguassu

Bataguassu inaugura escola técnica financiada com R$ 2 milhões de condenação trabalhista

Projeto do MPT transforma multa judicial em qualificação profissional para jovens e trabalhadores; unidade também prioriza vítimas de trabalho escravo

30/05/2025

22:45

MPT-MS

DA REDAÇÃO

A cidade de Bataguassu (MS) celebrou nesta sexta-feira (30) a inauguração da Escola Técnica do Centro Educacional Juventude do Amanhã (CEJA), construída com R$ 2 milhões oriundos de uma condenação judicial por dano moral coletivo, proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-MS). A nova estrutura, de 4.800 m², ofertará cursos técnicos e profissionalizantes gratuitos voltados às demandas do mercado regional, priorizando a empregabilidade formal e a reinserção social.

Do processo à transformação social

Os recursos foram obtidos em ação civil pública contra uma multinacional do setor alimentício, por irregularidades no controle de jornada dos trabalhadores. A sentença judicial foi revertida em benefício direto à população:

“Uma condenação que resultou em oportunidade concreta de mudar vidas”, afirmou Cândice Gabriela Arosio, procuradora-chefe do MPT-MS.

Estrutura e impacto regional

Com dois pavimentos e seis salas-oficina, além de espaço ancorado de 1.840 m², a escola atenderá moradores de Bataguassu, Anaurilândia e Santa Rita do Pardo. A prefeitura doou o terreno, viabilizou a obra no CEJA e se comprometeu com a manutenção da unidade. Segundo a prefeita Wanderleia Caravina:

“Estamos plantando hoje as sementes que garantirão um amanhã melhor para nossos jovens, trabalhadores e toda a população.”

©DIVULGAÇÃO

Cursos já disponíveis e parcerias com o Sistema S

Dois cursos já estão com inscrições abertas:

  • Mecânico de Máquinas Florestais (Máquinas Pesadas)

  • Técnico em Florestas

Ambos ofertados em parceria com o Sistema S, outras entidades públicas e empresas privadas.

Recomeço para vítimas do trabalho escravo

A escola também garantirá prioridade a trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão. O compromisso está previsto em termo de cooperação entre:

  • Justiça do Trabalho

  • MPT-MS

  • Empresas

  • Instituições filantrópicas

  • OAB

Segundo o juiz do Trabalho Antonio Arraes, “as vítimas serão acolhidas, terão onde morar e oportunidade real de emprego e qualificação.”

Justiça que constrói futuro

“Refleti muito sobre o que seria do futuro dos nossos jovens. Agora demos o primeiro passo para que possam se qualificar e ascender profissionalmente”, declarou Arraes.

O promotor de Justiça Edival Goulart Quirino reforçou que a estrutura “promoverá formação cidadã com base em um esforço coletivo por transformação social”.


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