Polícia / Justiça
Preso por matar mãe e bebê é agredido por colegas de cela em Campo Grande
João Augusto confessou ter planejado o duplo feminicídio com dois meses de antecedência; ele deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (29)
28/05/2025
15:00
DA REDAÇÃO
João, que matou friamente a mulher e a filha, bebê de 10 meses, no seu horário de almoço
João Augusto Borges de Almeida, de 21 anos, preso por matar a companheira Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha do casal, Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foi agredido por colegas de cela na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande (MS). O crime brutal, que chocou o Estado, ocorreu na última segunda-feira (27) no bairro São Conrado.
Segundo apurado, os colegas de cela não aceitaram o crime cometido contra a mulher e o bebê, e agrediram o suspeito, que foi isolado após o episódio. Ele permanece sob custódia na DHPP aguardando audiência de custódia marcada para esta quinta-feira (29), quando poderá ter a prisão preventiva decretada e ser transferido para o sistema prisional da Agepen.
Em depoimento prestado ao delegado Rodolfo Daltro, João revelou detalhes cruéis dos assassinatos, afirmando que passou a odiar a filha a partir dos dois meses de vida. Segundo ele, se não a tivesse matado, “teria doado Sophie”.
Ele também relatou que Vanessa queria a separação, o que teria motivado ainda mais o crime. O autor contou que a bebê sorriu para ele antes de ser morta por asfixia. “Ela estava com os brinquedinhos na cama, e ele a pegou pelo pescoço”, descreveu o delegado. Após o assassinato, ele ateou fogo nos corpos da companheira e da filha.
“Esse é um dos casos mais frios e perturbadores que já vi”, declarou o delegado Rodolfo Daltro.
O duplo feminicídio causou comoção e medo entre as mulheres do bairro São Conrado. Moradoras relataram que passaram a ter mais cautela com relacionamentos e alertam familiares sobre os perigos de confiar em desconhecidos.
Apesar do horror, João Augusto não tinha antecedentes criminais ou registro de violência doméstica. Ele era réu primário e mantinha uma imagem de pai amoroso nas redes sociais, onde se identificava como “pai da Sophie”.
Testemunhas ouvidas pela polícia relataram que João já falava em matar a mulher e a filha há dois meses, chegando a pedir conselhos sobre como amarrar as vítimas. Em mensagens trocadas com conhecidos, dizia que precisava carbonizar os corpos rapidamente “porque iam feder”.
Nas redes sociais, a última foto publicada com Vanessa e Sophie foi em 10 de fevereiro, o que mostra o contraste entre a aparência pública e a premeditação do crime.
Audiência de custódia: agendada para quinta-feira (29), quando a Justiça decidirá pela conversão da prisão em preventiva.
Transferência para presídio da Agepen, caso a medida seja confirmada.
Investigação segue em curso, com base nos depoimentos, provas digitais e laudos periciais.
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