POLÍTICA
Petistas ironizam ato pela anistia em Campo Grande: "tem ônibus mais cheio"
Manifestação reuniu cerca de 200 bolsonaristas na Capital e recebeu críticas de parlamentares do PT
17/03/2025
09:25
DA REDAÇÃO
Dr. Ovando diz que clamor do povo por anistia foi “ensurdecedor”
A manifestação pela anistia dos condenados pelo 8 de janeiro em Campo Grande, realizada na manhã deste domingo (16), foi alvo de críticas e ironias de políticos do Partido dos Trabalhadores (PT). O ato, que reuniu cerca de 200 participantes, contou apenas com a presença do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) e do vereador André Salineiro (PL).
A deputada federal Camila Jara (PT) ironizou o tamanho da manifestação ao afirmar que “tem ônibus mais cheio do que esse ato pró-anistia”. Já o vereador Jean Ferreira (PT) gravou um vídeo passando de carro pelo protesto e debochou: “Lotado, lotado... agora o Xandão vai anistiar todo mundo”, em referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
A baixa adesão ao protesto em Campo Grande contrastou com o ato principal, realizado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mesmo assim, o evento carioca também foi alvo de ironias. O superintendente do Patrimônio da União, Tiago Botelho, comparou o público estimado em 18,3 mil pessoas ao show da cantora Anitta, que atraiu 1,1 milhão de foliões no mesmo local.
Único deputado federal presente no ato em Campo Grande, Dr. Ovando (PP) defendeu a anistia e classificou os condenados como "cidadãos de bem".
“Desde o 8 de janeiro, testemunhamos penas desproporcionais contra pais, mães, idosos e trabalhadores simplesmente por exercerem seu direito de expressão. Pessoas foram presas e julgadas sem sequer terem cometido crimes”, declarou o deputado.
A senadora Tereza Cristina (PP), que não participou da manifestação no Rio, se posicionou nas redes sociais com uma mensagem protocolar.
"Após o 8 de janeiro, visitei os presídios e vi muita gente injustiçada. Continuo contra julgamentos políticos e penas excessivas. Passou da hora de pacificarmos o país", afirmou a senadora.
O posicionamento de Tereza Cristina foi interpretado como uma forma de manter apoio dentro do bolsonarismo, sem se comprometer diretamente com o movimento.
O público no Rio de Janeiro também gerou polêmica. A estimativa do Cebrap/USP apontou 18,3 mil pessoas, enquanto o Datafolha calculou 30 mil participantes. Já a Polícia Militar do Rio, comandada pelo governador bolsonarista Cláudio Castro (PL), falou em 400 mil presentes.
Apesar da mobilização, os números ficaram muito abaixo da meta de 1 milhão projetada por Bolsonaro, o que pode enfraquecer a pressão no Congresso pelo projeto de anistia e não gerar impactos na decisão da 1ª Turma do STF, que julgará Bolsonaro no próximo dia 25 de março.
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