POLÍTICA
Bolsonaro nega envolvimento em planos de golpe e critica investigações da PF
Ex-presidente afirma que nunca cogitou golpe de Estado e classifica acusações como "loucura".
25/11/2024
22:36
G1
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) na última semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou nesta segunda-feira (25), no aeroporto de Brasília, que nunca discutiu a possibilidade de um golpe de Estado. A declaração foi feita após seu retorno de Maceió, enquanto respondia a perguntas da imprensa.
"Nunca debati golpe com ninguém. Se alguém viesse falar de golpe comigo, eu perguntaria: 'E o day after? Como a gente fica perante o mundo?'", afirmou Bolsonaro, argumentando que os desdobramentos de um golpe seriam desastrosos para o Brasil.
O indiciamento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, como suspeitas de envolvimento em uma trama golpista que visava abolir o Estado Democrático de Direito. Entre os crimes investigados estão:
Bolsonaro reforçou que todas as medidas que tomou enquanto presidente estavam "dentro das quatro linhas" da Constituição. Ele criticou as acusações, classificando a ideia de um golpe como "uma loucura".
Entre os 37 indiciados pela PF estão:
Bolsonaro também ironizou a tese de um golpe realizado com o envolvimento de militares: "Golpe com militares da reserva e cinco da ativa? Pelo amor de Deus!". Ele ainda destacou que, na época investigada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não havia tomado posse, o que, segundo ele, tornaria qualquer tentativa de golpe incoerente: "Só se fosse um golpe contra mim mesmo."
O indiciamento pela PF não implica condenação imediata. Caso aceito pelo STF, o processo seguirá para análise jurídica, incluindo a possibilidade de apresentação de provas, defesa e julgamento.
As investigações sobre os atos golpistas ganharam destaque após a vitória de Lula nas eleições de 2022 e o clima de tensão que se seguiu, incluindo episódios como a tentativa de invasão ao Quartel-General do Exército e manifestações contra o resultado eleitoral.
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