EMPREENDEDORISMO
Com 30 mil hectares plantados, Mato Grosso do Sul se destaca na produção de laranja
Estado atrai grandes investidores e expande a citricultura com foco na geração de empregos e desenvolvimento regional
12/11/2024
10:00
SECOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Com foco na geração de empregos e no desenvolvimento regional, a citricultura está em expansão em Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira (11), o Grupo Cutrale, gigante mundial do setor de citricultura, apresentou a primeira fase da sua produção de laranja na Fazenda Aracoara, em Sidrolândia.
O Grupo estava produzindo de forma experimental há cinco anos em uma área de 120 hectares. Atualmente, 25% do projeto já foram executados, o que já resultou na geração de 200 empregos. Na próxima fase, a expectativa é que o número de postos de trabalho chegue a 570.
A projeção é que em abril de 2026 a fazenda tenha 4,8 mil hectares plantados, e quando o pomar atingir 8 anos, a expectativa é de produzir 8 milhões de caixas de laranja por ano. O investimento previsto para o projeto é de R$ 500 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão.
“Um projeto audacioso, que alavanca uma nova atividade aqui no Mato Grosso do Sul. Na sequência disto certamente vamos avançar para a industrialização no setor”, afirmou o governador Eduardo Riedel.
Nova cadeia produtiva
Além do Grupo Cutrale, outros produtores de laranja já anunciaram novos investimentos em Mato Grosso do Sul. Entre eles está o Agro Terena, em Bataguassu, que pretende plantar em uma área de 1,2 mil hectares, assim como o Grupo Junqueira Rodas, que começou em abril o projeto de citricultura em Paranaíba, com o objetivo de cultivar 1,5 mil hectares.
Na semana passada, o Grupo Moreira Sales anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão no Estado, iniciando o plantio de laranja ainda este ano em Ribas do Rio Pardo, próximo ao município de Água Clara. A meta é colher 8 milhões de caixas da fruta, além de gerar 1,2 mil empregos diretos e 2,4 mil indiretos.
Mato Grosso do Sul está se tornando o novo “cinturão citrícola” do Brasil devido ao bom ambiente de negócios, condições fitossanitárias adequadas e uma legislação rigorosa de controle de doenças, especialmente contra a ameaça do “greening”, que afetou pomares em todo o mundo, incluindo o maior produtor nacional, o Estado de São Paulo.
O Governo do Estado tem contribuído com investimentos em infraestrutura e logística, facilitando o escoamento da produção e melhorando o acesso em diferentes regiões. Também oferece apoio e mediação no contato com órgãos estaduais, incluindo a questão energética.
“O Estado tem buscado a diversificação da sua base de produção. A citricultura apareceu como uma grande alternativa. Para isso, definimos uma legislação sanitária extremamente rigorosa, para que tenhamos uma produção saudável e conseguimos, em curto espaço de tempo, trazer 30 mil hectares já captados em diferentes municípios”, afirmou o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.
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