POLÍTICA
Barbosinha cobra Lula por reforço na fronteira durante discussão da PEC da Segurança
Vice-governador destacou a necessidade de fortalecer as fronteiras e criticou a falta de bloqueio de sinais de celular próximo a presídios.
31/10/2024
18:45
CGN
DA REDAÇÃO
O vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, conhecido como Barbosinha (PSD), representou o estado na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (31), no Palácio do Planalto. O encontro marcou o início das discussões sobre a PEC da Segurança, que será encaminhada ao Congresso Nacional.
A ausência do governador Eduardo Riedel (PSDB), que está retornando de Londres após participar do Lide Brazil Conference, fez com que Barbosinha, ex-secretário de Justiça e Segurança Pública, assumisse a representação do estado.
Durante a reunião, Barbosinha destacou a necessidade de maior atenção aos estados de fronteira, como Mato Grosso do Sul, na proposta apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Ele argumentou que o estado é sobrecarregado pelos custos do combate ao tráfico de drogas e às organizações criminosas. “Somos penalizados pela nossa eficiência. Hoje mais de 80% dos presos nas penitenciárias são do tráfico de drogas e das organizações criminosas. Eles deveriam estar nos presídios federais. Porque isso custa muito para os estados fronteiriços”, disse Barbosinha, solicitando ressarcimento.
O vice-governador também manifestou preocupação com a possível mudança da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para Polícia Ostensiva (PO), temendo que a alteração enfraqueça a segurança nas rodovias federais. “Temo que a mudança de PRF para Polícia Ostensiva desfalque ainda mais as nossas rodovias federais. Hoje temos uma integração das forças, mas o efetivo é diminuto”, apontou.
Barbosinha defendeu um rearranjo no sistema nacional de segurança pública, destacando a necessidade de um cadastro único de identidade e banco genético. “Temos que arrumar o sistema. É absolutamente impossível num país da dimensão do Brasil ainda não ter um cadastro único de identidade, de consulta de criminosos, de banco genético. Essa arrumação começa pelo processo que tem que ser de cima para baixo”, enfatizou.
Ele também criticou a ausência de bloqueio de sinais de celulares nas proximidades de presídios, responsabilizando as operadoras de telecomunicações. “Dá a impressão que as operadoras enxergam os presídios como negócio. As empresas têm que ser responsáveis por bloquear o sinal do sistema de comunicação. Me choca saber que hoje cada polícia tem sua antena”, lamentou.
Por fim, Barbosinha reforçou a importância de fortalecer a segurança na fronteira. “Estamos praticamente desguarnecidos na fronteira. Guarnecer as fronteiras é um passo fundamental para o Brasil. Nós trabalhamos para o Brasil e para o mundo. Robustecer e fortalecer as fronteiras é fundamental para atingir o coração do crime organizado”, concluiu.
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