Na última segunda-feira (7), profissionais de saúde do Hospital Cassems de Campo Grande participaram da “Oficina de Plano Terapêutico”, voltada para aprimorar o fluxo de cuidado com os pacientes. A atividade reuniu enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos, com o intuito de alinhar a abordagem e as metas de tratamento para cada caso, garantindo que todos os envolvidos estejam cientes e atuando de forma coordenada.

A oficina, que combinou teoria e prática, foi conduzida pelo médico Alexandre Bonfim, do Instituto Papaia Azul. Bonfim destacou a importância de o Plano Terapêutico como uma ferramenta essencial para que toda a equipe, além do paciente e seus familiares, compreendam o planejamento de cada atendimento, independentemente do setor — seja internação, ambulatório, pronto-socorro ou quimioterapia.

Importância do Plano Terapêutico

Segundo Alexandre Bonfim, o Plano Terapêutico é fundamental para que todos estejam “na mesma página” em relação ao tratamento do paciente, com uma visão clara sobre os objetivos, o que se espera do atendimento e os recursos necessários. “O Plano Terapêutico é aquela estrutura que a gente usa para que todo mundo, toda a equipe, inclusive o paciente e o familiar, estejam na ‘mesma página’”, explica. Isso permite que os envolvidos saibam o que vai acontecer durante o tratamento, quais são as metas estabelecidas e como cada passo será conduzido, o que melhora a transparência e a confiança no processo.

Bonfim ressaltou ainda que essa abordagem traz uma “tensão positiva” à assistência, no sentido de mobilizar os recursos necessários, sejam eles especialistas ou equipamentos, para garantir que o atendimento ocorra de maneira eficiente. A participação ativa do paciente e de sua família também é um ponto central, permitindo que eles compreendam e aprovem o plano de tratamento, resultando em maior engajamento e adesão ao processo de recuperação.

Impacto na prática assistencial

A oficina teve um impacto positivo entre os profissionais que participaram, como a médica residente em pediatria, Mariana Ávila Ferreira. Ela destacou que a abordagem discutida durante o curso ajuda a aproximar a equipe médica das necessidades dos pacientes e de seus familiares. “O curso foi de extrema importância, porque a gente falou um pouquinho sobre o Plano Terapêutico. Basicamente, isso faz com que a gente se aproxime mais ainda do paciente, dos pais do paciente, porque através dele a gente consegue delimitar as expectativas do paciente, delimitar o tempo de internação, riscos e complicações”, pontuou.

Organização e otimização dos recursos hospitalares

O diretor técnico do Hospital Cassems de Campo Grande, Alberto Cubel, ressaltou que o Plano Terapêutico também contribui para a melhor organização do uso dos leitos hospitalares. Com a definição de um plano desde a entrada do paciente, é possível antecipar a necessidade de exames e procedimentos, permitindo uma melhor gestão do tempo de internação e uma melhor utilização da estrutura hospitalar.

“O Plano Terapêutico é fundamental, porque o médico vai ter a oportunidade, na entrada do paciente, de fazer o planejamento da alta desse paciente. No Plano Terapêutico, ele vai dizer, ‘olha, nós vamos precisar de tais exames, de tal conduta’, e, diante de tudo isso, nós já vamos começar a pensar quando ele vai poder sair do hospital”, explicou Cubel. A prática otimiza o uso dos recursos, permitindo que mais pessoas sejam atendidas e reduzindo o tempo de espera em unidades de pronto-atendimento.

Um passo para uma assistência mais humanizada

A Oficina de Plano Terapêutico no Hospital Cassems reforça o compromisso da instituição com uma assistência humanizada e de qualidade, centrada na comunicação clara entre equipe, paciente e familiares. O evento também demonstra a importância de uma abordagem que visa o uso eficiente dos recursos hospitalares, garantindo que os pacientes tenham um atendimento mais ágil, seguro e focado nas suas necessidades.