A morte de Julia Áurea dos Santos, de 20 anos, que se afogou em uma piscina durante uma festa no bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande, está cercada de mistérios, segundo amigos e familiares. O incidente ocorreu na madrugada desta quarta-feira (11), durante a comemoração do aniversário de um amigo, mas amigos de Julia levantam suspeitas de que pode ter ocorrido um assassinato e estão exigindo justiça.

Até o momento, a Polícia Civil registrou o caso como morte a esclarecer, e poucas informações foram divulgadas sobre como o afogamento aconteceu. No entanto, a comunidade próxima a Julia está questionando a narrativa do incidente. Amigos expressaram estranheza em relação a certos detalhes e apontam possíveis indícios de que algo mais grave pode ter ocorrido.

Celular de Julia e apagamento de dados

O celular de Julia foi apreendido pela polícia para perícia, mas o fato de que os registros de chamadas e o aplicativo WhatsApp terem sido excluídos antes de a polícia ter acesso ao aparelho gerou grande desconfiança entre os amigos da jovem. Nas redes sociais, amigos questionam o motivo dessa exclusão e como isso pode estar relacionado ao que aconteceu momentos antes da tragédia.

Relatos de amigos nas redes sociais

Nas redes sociais, os amigos de Julia começaram a compartilhar suas suspeitas e exigem que o caso seja investigado com rigor. Uma amiga questionou a cronologia dos eventos: "Julia estava postando status o tempo todo no espaço, mostrando a cara de todos que estavam lá. Muita gente tem esses status, porque como de repente, ela não tem mais WhatsApp, não tem chamada, não tem nada?", indagou.

Outro amigo levantou a hipótese de uma briga que teria ocorrido momentos antes do afogamento. “Acho que saiu briga e afogaram ela na piscina. Como que ela estava com WhatsApp e quando pegam não tem mais mensagens e ligações? Para mim, mataram ela”, afirmou.

Vídeo nas redes sociais

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Julia em pé, dentro da piscina, aparentemente tranquila e comemorando com os amigos, o que aumenta as suspeitas sobre como ela pode ter morrido afogada tão rapidamente. “Como ela morreu afogada? Me diz, se dá para ver nitidamente ela na piscina tranquila, isso é inacreditável. Sem palavras”, escreveu outra amiga, perplexa com as imagens.

Além dos relatos, diversas homenagens foram publicadas por amigos próximos, que compartilham fotos e lembranças ao lado de Julia. "Eu quero acordar desse pesadelo", escreveu uma das amigas, expressando o sentimento de tristeza pela perda.

O afogamento e tentativas de socorro

De acordo com as informações preliminares da Polícia Civil, a festa começou no bairro Dom Antônio e, mais tarde, foi transferida para um salão de festas no Jardim Tijuca. Durante o evento, a jovem e os amigos consumiram bebidas alcoólicas e, em determinado momento, Julia entrou na piscina. Pouco tempo depois, testemunhas notaram que a jovem estava boiando na água.

Uma testemunha teria tentado realizar manobras de ressuscitação enquanto o Corpo de Bombeiros era acionado. Quando os socorristas chegaram, eles também tentaram reanimar Julia, mas sem sucesso, e ela foi declarada morta no local.

Investigação em andamento

A polícia segue investigando o caso, e a perícia no celular de Julia será fundamental para entender melhor os eventos que antecederam sua morte. A exclusão de dados no aparelho é um ponto de grande interesse para os investigadores, assim como as possíveis testemunhas presentes na festa, que podem ajudar a esclarecer o que realmente aconteceu naquela noite.

Mais informações serão divulgadas à medida que o caso avança e novos detalhes sejam revelados. O espaço segue aberto para atualizações por parte das autoridades.