Campo Grande (MS), Segunda-feira, 12 de Maio de 2025

POLICIAL

Família denuncia espancamento em clínica terapêutica que resultou em morte

Autamir Pinto de Souza, de 48 anos, foi levado ao hospital um dia após ser agredido

16/07/2024

16:22

CAMPOGRANDENEWS

GENIFFER VALERIANO

Sutura realizada na cabeça de Autamir (Foto: Direto das Ruas)

Família denuncia espancamento em clínica terapêutica que terminou com a morte de Autamir Pinto de Souza, de 48 anos. O homem estava internado no local há dois dias e foi levado ao hospital um dia após ser agredido. Com traumatismo craniano e costelas quebradas, o paciente não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado (13).

Conforme relatado pela irmã da vítima, Luiza De Souza, 42 anos, Autamir deu entrada na Comunidade Terapêutica Salto Para a Vida, que fica em Santa Clara d’Oeste (SP), no dia 2 de julho. A internação do homem foi realizada com o apoio da Prefeitura de Costa Rica, sendo a mensalidade dividida entre o órgão municipal e a família do paciente.

“A gente confiou, porque se o município está mandando para lá é porque conhece a clínica. Então a gente confiou que a clínica era humanizada”, relata Luiza.

Dois dias após a internação, no dia 4, Autair foi espancado. No boletim de ocorrência registrado diz que o paciente foi encontrado pela equipe de plantão da comunidade caído no chão apenas com um corte no supercílio.

O homem foi levado a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) apenas no dia seguinte, após reclamar de dores no corpo. Conforme Luiza, Autair teve traumatismo craniano, estava com as costelas e o tórax fraturados e o pulmão perfurado. Ainda é dito família só foi informada sobre o ocorrido no sábado (6), dois dias após a agressão.

Autamir em casa de famíliares (Foto: Direto das Ruas)

Ainda segundo o documento, somente depois de levar o homem para hospital que equipes da clínica foram investigar o acidente. Segundo relatado, outro paciente e Autair teriam se desentendido e se agredido.

Luiza afirma que para a família foram contadas duas versões para o ocorrido. “A primeira versão é que ele teve uma convulsão, ele tinha caído se machucado, levaram ele para o hospital e por isso ele tinha uma mancha no pulmão. Fomos lá, falamos com a médica e ele não tinha nada de câncer e ela disse que ele tinha sido espancado [...] Depois começaram a falar que meu irmão tinha brigado na clínica e que três pacientes foram pra cima dele, mas é mentira, o meu irmão não brigava com ninguém”, detalha.

O homem morreu oito dias depois de ser levado para o hospital. O caso foi registrado e está sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Clara d' Oeste (SP). A família acompanha as investigações de perto.

“A gente está sem acreditar, sem chão é uma coisa muito dolorido, porque ele não merecia essa brutalidade toda, estamos muito muito abalados. A filha dele está a base de remédio. Estamos fazendo de tudo para conseguir fazer justiça. Não ouvimos falar nada sobre o lugar antes, mas depois que isso aconteceu com o meu irmão a gente ouviu pacientes que estiveram lá e eles disseram que lá não é lugar para gente”, encerra. 


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