POLICIAL
Família denuncia espancamento em clínica terapêutica que resultou em morte
Autamir Pinto de Souza, de 48 anos, foi levado ao hospital um dia após ser agredido
16/07/2024
16:22
CAMPOGRANDENEWS
GENIFFER VALERIANO
Sutura realizada na cabeça de Autamir (Foto: Direto das Ruas)
Família denuncia espancamento em clínica terapêutica que terminou com a morte de Autamir Pinto de Souza, de 48 anos. O homem estava internado no local há dois dias e foi levado ao hospital um dia após ser agredido. Com traumatismo craniano e costelas quebradas, o paciente não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado (13).
Conforme relatado pela irmã da vítima, Luiza De Souza, 42 anos, Autamir deu entrada na Comunidade Terapêutica Salto Para a Vida, que fica em Santa Clara d’Oeste (SP), no dia 2 de julho. A internação do homem foi realizada com o apoio da Prefeitura de Costa Rica, sendo a mensalidade dividida entre o órgão municipal e a família do paciente.
“A gente confiou, porque se o município está mandando para lá é porque conhece a clínica. Então a gente confiou que a clínica era humanizada”, relata Luiza.
Dois dias após a internação, no dia 4, Autair foi espancado. No boletim de ocorrência registrado diz que o paciente foi encontrado pela equipe de plantão da comunidade caído no chão apenas com um corte no supercílio.
O homem foi levado a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) apenas no dia seguinte, após reclamar de dores no corpo. Conforme Luiza, Autair teve traumatismo craniano, estava com as costelas e o tórax fraturados e o pulmão perfurado. Ainda é dito família só foi informada sobre o ocorrido no sábado (6), dois dias após a agressão.
Ainda segundo o documento, somente depois de levar o homem para hospital que equipes da clínica foram investigar o acidente. Segundo relatado, outro paciente e Autair teriam se desentendido e se agredido.
Luiza afirma que para a família foram contadas duas versões para o ocorrido. “A primeira versão é que ele teve uma convulsão, ele tinha caído se machucado, levaram ele para o hospital e por isso ele tinha uma mancha no pulmão. Fomos lá, falamos com a médica e ele não tinha nada de câncer e ela disse que ele tinha sido espancado [...] Depois começaram a falar que meu irmão tinha brigado na clínica e que três pacientes foram pra cima dele, mas é mentira, o meu irmão não brigava com ninguém”, detalha.
O homem morreu oito dias depois de ser levado para o hospital. O caso foi registrado e está sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Clara d' Oeste (SP). A família acompanha as investigações de perto.
“A gente está sem acreditar, sem chão é uma coisa muito dolorido, porque ele não merecia essa brutalidade toda, estamos muito muito abalados. A filha dele está a base de remédio. Estamos fazendo de tudo para conseguir fazer justiça. Não ouvimos falar nada sobre o lugar antes, mas depois que isso aconteceu com o meu irmão a gente ouviu pacientes que estiveram lá e eles disseram que lá não é lugar para gente”, encerra.
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