A corrente sul-mato-grossense de ajuda aos desabrigados no Rio Grande do Sul cresce a cada hora. A questão é: aonde levar a minha colaboração e quem é confiável? Por isso, o Campo Grande reuniu algumas iniciativas seguras.

Para quem pode enviar transferências em dinheiro, o Pix mais seguro é o SOS Rio Grande do Sul, do governo gaúcho, pelo CNPJ 92.958.800/0001-38. Neste domingo (5), o governador Eduardo Leite (PSDB) alertou sobre as tentativas de golpe, reforçando que o destinatário tem como instituição financeira o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul).

O que doar e onde?

Neste momento, os itens mais necessários são colchões novos ou em bom estado, roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas, preferencialmente fechadas para facilitar o transporte.

Em Campo Grande, o ponto de check-in da Azul Linhas Aéreas, no Aeroporto Internacional, é uma opção. O CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Tropeiros da Querência, localizado na Rua Miguel Sutil, n° 445, é uma opção para quem mora na região do Bairro Vilas Boas.

Já a Gaucheria CG está com dois pontos de recolhimento de doações: na Rua Brilhante, n° 3466, das 17h à 00h, e na Rua Pedro Celestino, 2089, no mesmo horário, exceto aos sábados. O Whatsapp (67) 99866-8817 está disponível para dúvidas.

Com uma faixa estendida no começo da Avenida Tamandaré, quase esquina com a Júlio de Castilho, um grupo de amigos transportadores de mudança se juntaram e iniciaram as arrecadações. Inclusive, um carregamento já saiu da cidade de Lucas de Rio Verde (MT).

"Vamos juntar produtos em uma carreta e dois caminhões, doações aqui de Campo Grande, Dourados, Bela Vista e Jardim. Já conseguimos 300 quilos de ração e seguimos com as arrecadações, que serão levadas pelos caminhões de mudança", disse o caminhoneiro e organizador da ação entre os profissionais de mudanças, Ivando Luiz Perin, de 46 anos. Para mais informações, o telefone do grupo para coletas é o (67) 99243-9639.

Por fim, até o próximo domingo (12), a Fenasul, maior feira de tradições gaúchas realizada no Estado, estará recebendo doações. Segundo o organizador Lázaro dos Santos, que trabalha no evento há 36 anos, já foram recebidos fardos de água, colchões, roupas e ração.

"Estamos aqui no Círculo Militar, das 9h às 22h. Antes cobramos uma taxa de R$ 10 para visitar a feira, mas aderimos às doações de alimentos para colaborar na ajuda às vítimas do Rio Grande do Sul", termina.

Transporte

Para ajudar no transporte de tudo que está sendo arrecadado aqui, a Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) disponibilizou dez carretas com capacidade para 27 toneladas cada. A primeira solicitada foi no município de Três Lagoas, a 327 km da Capital, que deve seguir para o Sul até amanhã (7).

Todas as entidades ou empresas que estiverem realizando as arrecadações para ajudar as vítimas no Rio Grande do Sul e ainda não têm como levar até lá podem entrar em contato com a Setlog pelo telefone (67) 3342-4144.