AMPLA VISÃO
Tereza Cristina: a estrela que sobe!
13/10/2022
20:00
MANOEL AFONSO
©REPRODUÇÃO
NOVA FASE: A nomeação do ex-vereador Mario Cesar como Secretário das Relações Institucionais da prefeitura da capital sinaliza oxigenação nas relações com a Câmara Municipal e Governo Estadual. A prefeita Adriane Lopes precisa de apoios para vencer vários desafios. O pagamento do 13º salário dos servidores e a agilização de obras em andamento no rol das prioridades. O experiente Mario Cesar foi uma boa escolha.
ATENÇÃO: Não foi apenas pelos 829.112 votos (mais de 50% dos votos válidos) mas também pelas posturas convergentes ao seu nome com bom transito entre eleitores da maioria das outras candidaturas majoritárias. Com musculatura e luz própria, a senadora eleita Tereza Cristina (PP) passa a ser uma nova protagonista muito influente no cenário estadual.
ANOTE: Pelo estilo e origem, acolhida em vários nichos partidários, inclusive no MDB , a situação de Tereza Cristina é bem melhor que da senadora Simone Tebet, ausente do MS há 8 anos. Para tentar reconstruir seu espaço local Simone depende da vitória do PT ao Planalto e de sua participação naquele Governo. Aqui saiu chamuscada destas eleições.
BACALHAU: O cargo de vice lembra o peixe cuja cabeça não aparece. Nestas eleições ao Governo os companheiros de chapa sem espaço na mídia. O candidato Beto Figueiró (PRTB), vice do Capitão Contar (PRTB) por exemplo é desconhecido da maioria do eleitorado. Com maior visibilidade na mídia está Barbosinha (PP), vice de Ridel (PSDB) e atualmente deputado.
DUAS FIGURAS: Devemos à ambas a criação do nosso Estado: o médico Vespasiano Martins que exonerado do cargo de prefeito de Campo Grande proclamou o ‘O Estado de Maracaju’ em 1932; e o ex-presidente Ernesto Geisel, autor do ato de criação do MS. Sem paixões ideológicas precisamos cultuar melhor a memória destes dois cidadãos ilustres.
AMINÉSIA: Olhando apenas para frente, a geração atual ignora o retrovisor da história e seus personagens. Será que nas escolas há a preocupação em cultivar esses valores? O passado importa sim! Ambos merecem ser homenageados com monumento (ou algo similar) em local de destaque na capital. Mas isso ocorrerá? É que os políticos têm outras ‘prioridades’.
2º TURNO: Quase sempre carrega reflexos do 1º turno. Mas no período entre ambos tudo pode ocorrer. E aconteceu: Marquinhos Trad, Rose Modesto e Puccinelli decidiram apoiar o capitão Contar. Mas pela votação obtida aqui – Bolsonaro será o grande influenciador nas eleições locais. Não por acaso Contar e Riedel colaram no presidente.
OPINIÃO:“ ( )…O PT nunca foi um partido democrático. Sua violência é implícita. Coloniza instituições da República, persegue seus desafetos no espaço público, cala a oposição com elegância, tudo isso sob as palmas da inteligência pública enviesada. A estridência ideológica da esquerda pode custar caro para ela diante do espírito disciplinado do protestantismo popular nacional ( )…” ( Luiz Felipe Pondé)
LUIZ F. PONDÉ: “ ( )…A mídia profissional precisa abandonar a preferência ideológica se ainda quiser ser relevante. É triste ver as ginásticas que jornalistas, comentaristas e afins fazem para fingir imparcialidade – alguns nem mais fingem, escondidos atrás da manta ridícula da “ameaça golpista”, e berram aos 4 cantos do Brasil os seus horrores a quem cheira a “sangue de Jesus tem poder ( )…”.
FAXINA: A cada eleição damos bilhete azul para políticos extremamente viciados no poder, que por um motivo e outro já tinham esgotado (se é que tinham) seu potencial. Mas de outro lado acabamos elegendo candidatos de capacidade e perfil extremamente duvidosos. Enfim, no afã de fazermos a varredura, acabamos reincidentes na avaliação de alguns postulantes. Um dia ‘o limpa’ será geral.
TENTATIVAS: É o que temos feito ao longo das eleições ao fazer opção por esse ou aquele candidato ao legislativo e executivo. Às vezes de nada valem os cuidados ou critérios que tomamos. Os eleitos nos surpreendem, tiram a máscara e se revelam incompetentes, mesquinhos, sem caráter. Mas temos que persistir buscando a perfeição.
DANTE FILHO: “( )…Rose acha que o Governo do Estado acumulou bons superávits e precisa gastar esse dinheiro com o povão. Se essa fórmula fosse tão simples assim, então ela tá sugerindo que os atuais mandatários são serem maldosos, sem bondade no coração, e que ela, a fada madrinha da economia, fará que uma aspersão de dinheiro, certamente jogando maços de notas de R$10,00 de cima de um helicóptero, resolverá o problema…”
A PROPÓSITO: Independentemente do êxito ou não da sua nova decisão nestas eleições, Rose Modesto frustrou em seu projeto como protagonista. A votação do mano Rinaldo -12.800 votos (contra 24.800 em 2018) sinaliza: o discurso/postura se esvaíram pela mesmice e visível limitação da capacidade de se reinventar. E ela sobreviverá?
PINGOS NOS IS: Olhe para seu bolso, sua conta e evolução patrimonial nos últimos 4 anos. Faça isso antes de discutir política com amigos e parentes. Sete em cada 10 deputados federais enriqueceram nos últimos 4 anos. Deles (513) só 28 foram eleitos com votos próprios, beneficiados pelo tal quociente eleitoral. Não nos representam.
‘MAUS EXEMPLOS’: Também aqui houve farra com o Fundão. Candidatos desistentes e barrados pela justiça gastaram R$1milhão. Os campeões – 2 agentes da justiça: o ex-promotor Sérgio Harfouche (barrado) torrou R$450 mil e a delegada de polícia Sidneia R$170 mil mesmo tendo renunciado a candidatura. Devolver jamais! O trouxa do contribuinte pagou a conta.
DESAFIOS: Iris se elegeu prefeito de Goiânia aos 83 anos de idade, Londres se reelegeu deputado estadual aos 80 anos; Tancredo se elegeu a P. Planalto com 75 anos e Wilson Martins governador aos 77 (em 1994). Cenários diferentes, mas que inspirariam o ex-governador Puccinelli a disputar (em 2024) a prefeitura da capital aos 77 anos. Até lá águas vão rolar.
SOBREVIVENTE: Júlio Campos (76 anos) será o único político no Mato Grosso com mandato desde a divisão. Após transplante de fígado (2017) foi eleito deputado estadual com 31.800 votos. Foi prefeito de Várzea Grande (1972), governador, senador, deputado federal por 3 mandatos. O ex-governador e deputado federal Carlos Bezerra (80 anos) não se reelegeu.
CALMA! Gente afoita tentando atropelar a sucessão da mesa diretora da Assembleia Legislativa. Aviso: as eleições majoritárias nem terminaram. Muitos interesses gravitam em torno dela e há personagens influentes em cena. A escolha da presidência e da 1ª. Secretaria não é obra do acaso. Portanto, que cada um voltem aos seus lugares.
DOURADOS: O deputado estadual Marçal Filho avaliou mal ao trocar o PSDB pelo PP e não se reelegeu apesar dos 24.758 votos. Sorte de Lia Nogueira (vereadora douradense) que no PSDB garantiu a vaga com 15.155 votos. Para compensar Dourados elegeu 3 deputados federais: o campeão de votos Marcos Pollon (PL) 103.112 votos, Geraldo Resende (PSDB) 96.519 votos e Rodolfo Nogueira (PL) 41.773 votos.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Servidor do INSS denunciou esquema de descontos ilegais ainda em 2020, mas investigação só resultou em operação cinco anos depois
Leia Mais
Aprovado projeto que inclui Festival do Hambúrguer no Calendário Oficial de MS
Leia Mais
STF condena Carla Zambelli a 10 anos de prisão por invasão ao CNJ; Walter Delgatti pega 8 anos
Leia Mais
Lula liga para Putin e pede participação em negociação de paz com a Ucrânia na Turquia
Municípios