POLICIAL
Por ciúmes, jovem de 17 anos confessa ter matado adolescente indígena desaparecida em MS
Segundo a polícia, o suspeito confessou ter esganado a adolescente de 13 anos e escondido o corpo. Ariane desapareceu no dia 3 de setembro, de sua casa, na aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS).
12/09/2022
09:30
G1
Débora Ricalde e Gessé López
Conforme a família, a jovem utilizava um casaco amarelo, o mesmo da foto acima. — Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução
A Polícia Civil de Dourados apreendeu em flagrante um adolescente, de 17 anos, que confessou ter matado estrangulada a indígena Ariane Oliveira Caonteira, de 13 anos, por motivos de ciúmes. A menina é neta do cacique Getúlio de Oliveira, da aldeia Jaguapiru, em Dourados, e estava desparecida desde o dia 3 de setembro.
Segundo o delegado que investiga o caso, Dermeval Inácio, o suspeito foi localizado nas redondezas e conduzido para a delegacia com o apoio da liderança indígena.
Durante o depoimento à polícia, o suspeito confessou ter matado a jovem por ciúmes e depois escondeu o corpo para que não fosse encontrado. Ariane foi localizada no domingo (11), em meio a um matagal nas proximidades da Aldeia Jaguapiru, já em estado avançado de decomposição.
O delegado representou pela internação provisória do suspeito e o caso segue sendo investigado como feminicídio.
Entenda o caso
Ariane desapareceu no dia 3 de setembro, de sua casa, na aldeia Jaguapiru. Segundo a mãe da adolescente, Aldeneia Oliveira, durante a noite, a menina e o irmão estavam brincando com o celular quando ouviram alguém bater na porta. Ela saiu para ver quem era e não foi mais vista.
"Fomos dormir, horas depois o meu filho me chamou avisando do barulho e minha filha já tinha desaparecido. Passamos a noite procurando pela minha filha. No sábado procuramos o cacique, ele acionou as autoridades sobre o desaparecimento", comentou a mãe da menina na época.
A mãe disse que a adolescente já tinha desaparecido há um ano, quando havia sido dopada e depois de vários dias foi deixada em frente de sua casa. Desde então a família vinha sofrendo ameaças.
O desaparecimento provocou desespero na família e mobilizou toda a comunidade, polícias e Conselho Tutelar na busca por Ariane.
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