Em contra-ataque, Doria ameaça implodir PSDB
Governador se sentiu traído por parte do partido e sinalizou que deve desistir da candidatura à Presidência para continuar no Palácio dos Bandeirantes – minando pré-candidatura de Rodrigo Garcia à sua sucessão.
31/03/2022
09:16
G1
Andréia Sadi e Julia Duailibi
©DIVULGAÇÃO
A sinalização de João Doria de que vai desistir da disputa pela Presidência em 2022 mostra que o governador de São Paulo, após se sentir isolado dentro do PSDB, decidiu implodir o partido – começando por São Paulo.
Doria, que sempre foi visto com um estranho no ninho tucano, venceu as prévias para disputar a presidência da República pelo PSDB.
Para tanto, Doria precisaria anunciar a desistência do cargo de governador de SP até o fim desta semana, entregando o cargo para Rodrigo Garcia – que é o pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo.
Uma parte do partido, entretanto, está disposta a driblar Doria e fazer com que o PSDB lance o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao Planalto.
E a ideia desse grupo era, segundo aliados de Doria, esperar o governador de SP deixar o cargo para só então iniciar formalmente o movimento para sagrar Eduardo Leite candidato – deixando Doria sem mandato e sem candidatura ao Planalto.
Sentindo-se traído, Doria resolveu contra-atacar, abandonando a disputa presidencial e ficando no cargo de governador.
Com isso, a candidatura de Rodrigo Garcia, principal aposta do PSDB nos estados, está comprometida. Aliados como PP e do União Brasil, por exemplo, já discutem migrar para a campanha de Tarcísio Freitas, apoiado por Bolsonaro.
A avaliação é a de que sem candidatura forte do governo do estado, PP e União Brasil e não conseguem fazer bancada de deputados federais em SP - principal objetivo de partidos aliados de candidaturas a governos, por exemplo.
Sem ser consultado e com seu futuro político em meio a esse tiroteio entre Doria e Aécio, Garcia decidiu entregar o cargo de secretário de governo de Doria.
Aliados de Garcia tentam convencer Doria a renunciar ao governo de São Paulo. Um grupo de tucanos também tenta demovê-lo da ideia permanecer no cargo.
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