Campo Grande (MS), Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Prefeitura cancela carnaval e pede cautela a população sobre festas particulares

25/01/2022

20:00

O ESTADO

WILLIAN LEITE

Reunião entre o prefeito, Odilon e secretários de saúde e turismo do município

Após reunião entre o prefeito Odilon Ribeiro (PSDB), secretários de saúde, Cláudia Franco e do turismo, Youssef Saliba da prefeitura municipal de Aquidauana, cidade à 141 quilômetros da Capital, foi decidido pelo cancelamento do carnaval e de todos os eventos que seriam realizados pelo Poder Executivo Municipal durante o período.

Na manhã desta terça-feira(25), o prefeito da cidade usou as redes sociais para falar sobre o comunicado. “Nesta ocasião, estamos levando em conta o atual cenário da pandemia, o aumento dos casos de contaminação pela COVID-19 e Influenza em nossa cidade”, explicou Odilon.

O prefeito diz ainda que, a população deve ficar atenta a não fazer aglomerações e não promover festas particulares.

“Não podemos menosprezar, em hipótese nenhuma a letalidade do vírus da COVID e Influenza. Não é hora de promover uma grande aglomeração como é o carnaval. Apesar de saber que grande parte da população gosta das festas de carnaval, do Pirafolia e do Desfile das Escolas de Samba, neste momento nossa prioridade é o cuidado com a saúde pública, continuar incentivando a vacinação e promovendo o zelo pela pela vida das pessoas”, enfatizou.

Na cidade conhecida pelo carnaval fora de época, a população que já está acostumada com o Desfile das Escolas de Samba e com a Pirafolia no distrito de Piraputanga, esse ano não irão contar com a festa popular no Portal do Pantanal Sul-Mato-Grossense.

Para o jornalista Wilson de Carvalho Dias,morador da cidade há mais de 30 anos, a decisão é a mais apropriada para o memento. Segundo o jornalista se fosse realizado o carnaval e com o número de turistas, os casos de infecção pela COVID-19 e Influenza poderiam piorar ainda mais a situação no município.

“Na minha avaliação foi uma decisão no momento mais apropriada. Um dos fatos relevantes que é a possibilidade de um movimento intenso no distrito de Piraputanga, por oferecer inúmeras oportunidades de lazer, preocupa quem atua na saúde”,disse.

Wilson também faz menção ao impacto que isso causará na economia local, mas ressalta a importância de proteger a população local.

“Todo impedimento na realização de um evento, seja ele qual for trás transtornos na questão econômica. Aquidauana suspendeu a Feira da Estação, Festa do Pequi, priorizou vacinação, testes e atendimentos a pessoas com sintomas gripais. Se formos agora no Centro de Atendimento a COVID o movimento é intenso. E o vírus já mostrou que faz da aglomeração sua melhor opção de contágio” avaliou.

Para o carnavalesco, Kevin Constantino, 27 anos, mesmo com fantasias em produção, ele afirma que é um ato de responsabilidade o cancelamento da festa.

“Sou carnavalesco independente e concordo plenamente com a decisão. Dentro do cenário atual sou a favor. Esta atitude do poder público assegura para que quem gosta de verdade do samba possa no próximo ano festejar com vida, saúde e alegria”,diz.

Para o profissional o tamanho da cidade e o número de novos casos, causariam impacto negativo se a festa popular fosse realizada. “Estamos vivenciando uma situação bem precária. Muitas pessoas infectadas e isso pode causar sérios danos ao sistema de saúde local”,finalizou.

Porto Mortinho também cancela maior festa popular

Com mais de 100 pessoas contaminadas pela COVID-19, só nos primeiros 21 dias de 2022, a Prefeitura de Porto Murtinho, cidade a 431 quilômetros da Capital, também optou por não realizar o carnaval no município.

Segundo a prefeitura, após reunião do Comitê de Enfrentamento Contra o Coronavírus, houve a necessidade de cancelamento da festa que poderia causar aglomeração. De acordo com a secretária de saúde do município, Estela Da Silva Neves, pessoas estão sendo contaminadas todos os dias, incluindo profissionais da saúde.

“No momento emque estamos vivendo é inviável realizar qualquer tipo de evento comemorativo que aglomere. Nosso maior medo é termos uma equipe reduzida de profissionais da saúde em caso de contaminação, precarizando o sistema do município”,finalizou o titular da pasta.


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