Campo Grande (MS), Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

‘Voto de carona’ está perto do fim

20/08/2021

07:00

MANOEL AFONSO

PÉROLA: O ex-prefeito de Dourados Ari Artuzzi e seu rico legado folclórico. Em meio às dificuldades para resolver o problema da residência médica dos acadêmicos da Universidade Federal junto aos hospitais, Artuzzi falou na bucha à imprensa: “Só vou construir casa para pobre. Não vou dar casa para médicos - eles já ganham bem, podem comprar casa.”
 
DE BRASÍLIA: Ricardo Noblat (Portal Metrópole) diz que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) é quem dá corda as pretensões do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta em concorrer ao Planalto. ACM já indicou um marqueteiro baiano para cuidar da imagem dele com recursos do fundo partidário. Se o projeto naufragar restaria a candidatura ao Senado. E tem espaço?
 
PROVISÓRIAS?: A cada eleição novas leis! Quem se beneficia destas mudanças? Não houve dois pleitos consecutivos, desde 1990, com as mesmas regras. Enfraquece as instituições e favorece a impunidade de políticos corruptos. A propósito: porque não copiar os americanos: Eles mudaram a Constituição só 27 vezes desde 1789. Mudamos as leis como se troca de roupas.
 
O DESAFIO: A volta das coligações passou fácil na Câmara, mas no Senado será difícil! Azar dos pequenos partidos (sem ideologia) tidos como de aluguel e dos políticos neles abrigados. Os reflexos serão vistos nas eleições estaduais. Assim deve diminuir a quantidade das siglas partidárias. Aqui no MS. não será diferente.
 
FIM DE FESTA: Antes o eleitor votava num candidato e sem saber acabava elegendo outro que não o representava. Era como atirar num passarinho e matar outro: votar num candidato a favor do aborto e eleger um contrário. Pelo visto teremos uma eleição nacional sem coligações. É o fim do voto de carona. Quem não tiver voto próprio suficiente – não levará!
 
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB): prestigiou a posse do novo presidente da Famasul e o lançamento de obras em Ribas do Rio Pardo. José Teixeira (DEM): pede recursos federais para reforma do Ginásio de Esportes do ‘Água Boa’; reitera pedido de ‘quebra molas’ na capital. Lucas de Lima (Sol): Presente com o governador Reinaldo e o Ministro da Justiça Anderson Torres na inauguração da Penitenciária Gameleira’; tem proposta de opções do consumidor inadimplente de água e luz antes do corte dos serviços. Marçal Filho (PSDB); projeto seu institui o Dia da Bíblia em MS; destaca importância das obras da rua Cel Ponciano em Dourados. Mara Caseiro (PSDB): pede reforma de escolas estaduais de Selvíria, Deodápolis, Camapuã e São Gabriel d’Oeste; asfaltamento da rodovia Inocência a Aparecida do Tabuado.
 
ELEIÇÕES 2018: A lei ajudou candidatos de partidos menores. Veja: Mara Caseiro (PSDB) obteve 23.813 votos e Dione Hashioka (PSDB) 21.754 votos, mas não se elegeram. A lei beneficiou João Henrique (PR) eleito com 11.010 votos; Lucas de Lima (SOL) (12.391 votos); Antônio Vaz (PRB) 16.224 votos, dentre outros vitoriosos; mas todos com méritos.
 
SAÍDAS: Claro, vários deputados eleitos - beneficiados pela lei que vigorava estão atentos e já planejam mudança partidária caso o Senado não aprove a lei. Eis a questão: Ir para qual partido? Nesta hora é preciso ter muita intimidade com o quadro partidário no Estado para não errar na avaliação e contar com a sorte. Aliás, na política o azarado não vai a lugar algum..
 
CALMA! Independentemente da votação do Senado, os candidatos à deputado irão esperar as definições na área federal. Aí sim terão a visão definitiva do cenário estadual, com as candidaturas majoritárias já postas. Mas os flertes já começaram nos bastidores, num ambiente de muitas dúvidas e poucas certezas. Isso é política!
 
FAZ PARTE: Nas eleições você sabe como entra, mas a saída é imprevisível. Na edição anterior falei de candidatos a vereança prejudicados pela lei. Claro que todos os eleitos (com poucos votos) não tinham certeza da vitória. Mas tiveram a coragem de enfrentar a disputa em condições estruturais e partidárias inferiores comparativamente as grandes siglas concorrentes.
 
DO CONTRA: Os grandes partidos não gostaram de ver seus candidatos à vereança bem votados, mas derrotados em 2020. Perderam os cabos eleitorais para 2022. Agora, temendo a repetição do desastre, também se posicionarão contra lá no Senado para as coligações não voltarem. É a reação natural em nome da sobrevivência política dos grupos e partidos.
 
DEPUTADOS EM AÇÃO: Antônio Vaz (Rep): presidente da Comissão de Saúde recebendo pedidos pela 3ª. dose da vacina contra o Covid-19; tramita seu projeto em pról da preservação do Cerrado. Amarildo Cruz (PT): presente (em memória do ex-deputado cabo Almi PT) ao evento de entrega de melhoramentos na sede da Colônia Paraguaia. Lídio Lopes ( Patri): em sintonia com autoridades de municípios do Cone Sul sobre a vacinação anti Covid-19. José C. Barbosa (DEM); enalteceu o bom padrão de serviços da Sec. de Segurança Pública; garante com emendas recursos para escolas de Dourados; após seu pedido, candidatos ao concurso Agepen são convocados. 
 
CARTA MARCADA: Ex-presidente Fernando Henrique (PSDB) suja a biografia: flertou com Lula, incentivou a candidatura do gaúcho Eduardo Leite a concorrer às previas do PSDB e agora diz que votará em João Dória. Mas FHC ignora a enorme rejeição de Dória em São Paulo, onde está boa parte dos delegados tucanos nas prévias de 28 de novembro.
 
É O CARA? Ele só disputou duas eleições: Câmara em 2014, Senado em 2018 e já chegou a presidência da Casa. Aliás, o último mineiro a ocupar o cargo foi Magalhães Pinto (1975). Diante dos obstáculos dos pretendentes para liderar a terceira via, aflora o nome de Rodrigo Pacheco (DEM) detentor de duas qualidades bem mineiras: astúcia e moderação. De repente...
 
MAIS UM 10: Referência nacional na vacinação contra o Covid-19 e no crescimento econômico em plena crise, nosso Estado é elogiado também por reduzir o ICMS nas faturas de energia elétrica de todos contribuintes durante a bandeira vermelha da Aneel. O Estado atravessa excepcional fase com investimentos em várias áreas, quer da iniciativa privada, dos cofres estaduais e do Governo Federal.
 
MISTÉRIO: O episódio da deputada Joice Hasselmann caminha para o esquecimento. Esperava-se reações de indignação de algumas bancadas parlamentares, especialmente de deputadas ativas nos casos dos direitos humanos e defesa das mulheres. Talvez um dia surja a verdade. Até aqui, pelas contradições dos relatos dela, não convenceu.
 
AÇÕES & DEPUTADOS: Evander Vendramini (PP): Questionando o atraso dos salários dos funcionários da Santa Casa de Corumbá; mantém-se em alerta sobre os incêndios no pantanal. Gerson Claro (PP):imprime rapidez na apreciação das matérias em pauta da CCJ e Redação; atento a vacinação dos municípios de sua região. Neno Razuk (PTB): aprovada sua lei do cadastro do 1º emprego aos estudantes; quer nominar trevo rodoviário próximo ao DOF de ‘Capitão Franco’; CCJR aprova sua proposta de inserção de aviso consciente nas contas de água e luz. Pedro Kemp (PT): cobra do Governo aplicação da 3ª. dose da vacina anti-Covid-19 e a abertura de concurso para professores de Educação Especial. Capitão Contar (PSL: pede transparência nos critérios da fila de atendimento do SUS; aprovado seu projeto reconhecendo restaurante como atividade essencial.
 
ALERTA: Não há como separar a economia das urnas. Azar de Bolsonaro que perde a popularidade e terá problemas de caixa em 2022. Inflação alta, muita conta para pagar (precatórios), os gastos com seu novo programa social e as sequelas financeiras do Covid-19. Os analistas advertem, mas o turrão Bolsonaro insiste em não ouvir.
 
CONCORRENTES? Difícil dizer o que acontecerá no DEM de MS até Abril do ano que vem. Se o ex-ministro Mandetta vai ocupando espaço na mídia nacional, a ministra Tereza Cristina vai se fortalecendo com presença efetiva na capital e interior. Essa vinda recente – por exemplo – do ministro Tarcísio G. de Freitas dos Transportes mostrou o quanto ela é prestigiada. Mas o desafio dela é popularizar sua imagem nas classes mais baixas. Que desafio!
 
SEM FIM? Realmente as redes sociais continuam sendo um campo de batalha para todos – de mau gosto. O pior é que a tendência é de piorar até as eleições de 2022, com fakes, agressões e uso de vocabulário chulo. O espaço chamado de democrático da internet infelizmente está sendo usado de forma errada e que só piora as coisas.
 
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