Grupo investigado captou cerca de R$ 226 milhões, em cinco meses. Empresa prometia ganhos de até 200% aos franqueados que investiam.
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Polícia Federal cumpriu mandados em uma loja no centro de Palmas (Foto: Ana Paula Rehbein/Divulgação) |
A Polícia Federal iniciou na manhã desta terça-feira (11) uma operação contra um grupo suspeito de praticar crimes contra o sistema financeiro, entre eles a prática da pirâmide financeira, a partir de uma empresa denominada Aliança Online, com sede em Palmas. A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de condução coercitiva, quando alguém é levado para prestar depoimento, e um mandado de prisão preventiva. A operação foi chamada de Queops.
Até o fim da manhã, oito mandados já tinham sido cumpridos por cerca de 40 agentes. De acordo com a Polícia Federal, bloqueio de bens dos envolvidos também foram decretados pela Justiça. Considerado como o chefe do esquema, o empresário Ricardo Dantas teve prisão decretada e é considerado foragido.
"Quando nós recebemos as primeiras informações, em dezembro do ano passado, e fizemos as primeiras diligencias foi constatado que a empresa se intitulava como empresa de marketing multinível. No decorrer da investigação observamos que não era esse o objeto do negócio, era realmente o marketing financeiro. Eles prometiam uma alta remuneração em relação aos valores colocados à disposição da empresa, em forma de cotas de R$ 200, R$ 500 e R$ 1 mil", explicou o delegado Cleyber Malta.
A Aliança tinha como atividade principal a captação de recursos financeiros de associados, sem autorização legal, atraindo investidores sob a promessa de "ganhar dinheiro fácil", disse a polícia. Segundo investigações do Ministério Público Estadual, uma pessoa que comprou uma franquia da empresa no valor de R$ 1 mil teria informado que o ganho era de R$ 84 por dia, mas depois os valores começaram a cair. Isso porque para se manter esse modelo de pirâmide financeira precisa sempre atrair novos membros.
Ainda conforme a Polícia Federal o esquema chegou a contar com aproximadamente 250 mil cotas em várias regiões do país. O grupo é investigado por crimes contra o sistema financeiro, contra a economia popular, contra a ordem tributária, por estelionato e lavagem de dinheiro, entre outros.
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Produtos foram apreendidos pela PF (Foto: PF/Divulgação) |
Operação
O nome da operação foi batizado de Queops em alusão a Pirâmide de Quéops (ou Khu-fu), também conhecida como a Grande Pirâmide de Gizé ou simplesmente Grande Pirâmide, é a mais antiga e a maior das três pirâmides na Necrópole de Gizé, na fronteira de El Giza, no Egito.
É a mais antiga das sete maravilhas do Mundo Antigo e a única a permanecer, em grande parte, intacta.
Entenda
Após receber várias denúncias, a Justiça bloqueou R$ 300 milhões de contas bancárias ligadas à empresa Aliança Online, que tem sede em Palmas e atua em todo o país pela internet. O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público Estadual (MPE). A empresa é suspeita de aplicar um golpe conhecido como "pirâmide financeira".
Naquela ocasião, o administrador da Aliance Online, Ricardo Dantas, disse que a empresa está no mercado há nove anos e trabalha no segmento multinível e que ninguém da empresa foi lesado. "Em nenhum momento surgiu a promessa de ganhos sem que a pessoa de fato merecesse", afirmou.
"O que a empresa prometia era uma divisão de lucros. Uma vez que a empresa se encontra parada, ela não está usufruindo de lucro. Então ela não tem essas condições de proporcionar essa divisão", disse Dantas.
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Loja de eletrodomésticos teve objetos furtados (Foto: Patrício Reis/G1) |
Do G1 TO