Campo Grande (MS), Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2025

Brasil dá demonstrações de que está mudando para melhor, diz Meirelles

11/10/2016

11:55

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Ministro da Fazenda participa de encontro com investidores em Nova York. 'Existe uma disposição maior de mudar', disse.

ministro da Fazenda, Henrique Meirelles - Arquivo

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou nesta terça-feira (11) a aprovação da PEC do teto de gastos, afirmando que o país dá "demonstrações sólidas de que está mudando para melhor".

"O fato concreto é que o Brasil está dando demonstrações sólidas de que está mudando para melhor", disse. "E o Brasil é um país que tem dimensões muito substanciais, é o oitavo maior mercado do mundo, e vai crescer, vai voltar a recuperar posições", acrescentou.

O ministro está em Nova York, onde participa de encontro com investidores.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para o aumento dos gastos públicos pelas próximas duas décadas foi aprovada pela Câmara dos Deputados em primeiro turno na madrugada desta terça-feira (11).

Meirelles destacou que a PEC combate um "problema básico estrutural", que é uma despesa pública crescente, determinada pela Constituição, o que, segundo ele, "gerava instabilidade na área econômica, de tempos em tempos".

"Se olharmos a história, de tempos em tempos, o Brasil tem uma crise fiscal. Agora nós vamos resolver definitivamente. Isso completa esse quadro de institucionalização da economia brasileira. E é normal que isso seja reconhecido pelos investidores internacionais, pela imprensa internacional. Acredito que estamos num processo virtuoso e que irá adquirir cada vez mais força", avaliou.

"Hoje o Brasil está enfrentando a pior recessão da sua história, então existe uma disposição maior de mudar", continuou.

Lei de repatriação de dinheiro

Meirelles também comentou a previsão da Fazenda de arrecadar até R$ 50 bilhões com a repatriação de recursos mantidos por brasileiros no exterior sem declaração à Receita Federal e a pressão feita por estados para que seja elevada a fatia a que os estados têm direito da regularização dos ativos mantidos fora do país.

Meirelles diz considerar a reivindicação "bastante razoável", mas defendeu que a fatia atual dos estados, da ordem de 25%, seja elevada somente na hipótese de a arrecadação superar a previsão de R$ 50 bilhões.

"O que existe nas discussões é para que se a repatriação surpreender positivamente e for acima de um determinado número, que esse número, o adicional, seja repartido meio a meio entre os estados e a União", disse. "A partir de R$ 50 bilhões, passaria a ser metade dos estados e metade da união: metade da multa, metade do imposto". 

A PEC do teto de gastos, proposta pelo governo federal, tem o objetivo de limitar o crescimento das despesas do governo. A medida fixa para os três poderes - além do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União - um limite anual de despesas.




Do G1, em São Paulo


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