Campo Grande (MS), Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2025

Política / Justiça

Moraes determina perícia da PF para avaliar necessidade de cirurgia de Jair Bolsonaro

Ministro afirma que exames apresentados pela defesa não indicam urgência; laudo oficial deve ser entregue em até 15 dias

11/12/2025

10:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal realize, no prazo de 15 dias, uma perícia médica oficial para verificar se há necessidade imediata de intervenção cirúrgica no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da PF em Brasília desde 25 de novembro. A decisão foi motivada por pedido da defesa, que solicitou autorização para realização de procedimentos no hospital DF Star.

Segundo Moraes, os relatórios entregues pelos advogados não demonstram urgência. O ministro destacou que o próprio Bolsonaro não mencionou necessidade cirúrgica quando foi preso e que os exames anexados são antigos, sendo o mais recente feito há três meses, “sem indicação de imediata intervenção cirúrgica”.

Argumentos da defesa

Em petição protocolada no dia 9 de dezembro, os advogados afirmaram que o ex-presidente sofre de “múltiplas comorbidades graves e crônicas”, entre elas as sequelas das cirurgias abdominais decorrentes do atentado de 2018 e episódios de soluços incoercíveis, que já haviam exigido atendimento emergencial.

A defesa também pediu que Bolsonaro pudesse permanecer internado pelo “tempo necessário” para uma recuperação adequada. Ainda citou precedentes de prisão domiciliar humanitária, argumentando que o quadro clínico se enquadra nas hipóteses previstas no artigo 318, II, do Código de Processo Penal.

Histórico médico recente

A última cirurgia de Bolsonaro ocorreu em setembro, quando ele passou pela remoção de lesões na pele. O procedimento foi realizado pelo médico Claudio Birolini, responsável também pela cirurgia intestinal realizada em abril deste ano.

Situação atual do ex-presidente

Bolsonaro está preso desde 25 de novembro. Inicialmente, cumpriu prisão preventiva em regime fechado devido aos episódios envolvendo vigília e monitoramento eletrônico. Após o trânsito em julgado do processo sobre a trama golpista, passou a cumprir a pena em regime fechado na própria sede da PF.


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