Política / Eleições 2026
Pressão do PL obriga federação PP–União Brasil a definir candidato próprio ao Senado
Com Azambuja e Contar no páreo, federação formada por PP e União Brasil será forçada a construir candidatura própria e negociar aliança informal para 2026
06/12/2025
07:00
DA REDAÇÃO
©FOTOMONTAGEM
A formação quase certa de uma chapa pura do PL ao Senado — com Reinaldo Azambuja e Capitão Contar já colocados como pré-candidatos — alterou o tabuleiro eleitoral em Mato Grosso do Sul. A Federação União Progressista, integrada por PP e União Brasil, terá de lançar um nome para a disputa de uma das duas vagas ao Senado em 2026.
Segundo fontes da própria federação ouvidas pelo Correio do Estado, os dois cotados são Gerson Claro (PP), presidente da Assembleia Legislativa, e Jaime Verruck (PSD), secretário de Estado de Meio Ambiente, que teria sido convidado a migrar para os progressistas.
A União Progressista tem compromisso público de apoiar a candidatura de Reinaldo Azambuja, mas, com a tendência de o PL disputar as duas vagas, a federação precisará lançar um nome próprio para manter relevância e palanque, articulando o que nos bastidores se chama de “aliança branca”.
Esse arranjo permite:
PP e União Brasil pedirem votos simultaneamente para seu candidato e para Azambuja.
O PL, por sua vez, também orientar parte da base a apoiar o nome da federação.
Evitar documentos formais de coligação, contornando possíveis vetos nacionais aliados ao rigor das regras de verticalização.
Na prática, a estratégia é clara: o primeiro voto seria para o candidato da federação (Gerson ou Verruck) e o segundo, para Azambuja.
Com a definição de que haverá pré-candidato, o impasse passa a ser quem representará a federação:
Já está filiado ao partido.
Demonstra publicamente vontade de disputar o Senado desde o início do ano.
Disse desconhecer a possível composição, mas reafirmou:
“Estou trabalhando para ser o candidato da federação ao Senado Federal.”
Pretende disputar o Senado, mas enfrenta obstáculos dentro do PSD, presidido por Nelsinho Trad, que tentará a reeleição.
Anunciou que deixará o cargo em 30 de março de 2026 para concorrer.
Diante do impedimento interno no PSD, a migração para o PP é vista como quase certa.
Se Gerson for o escolhido, Verruck pode ser deslocado para candidatura à Câmara dos Deputados.
A presidente estadual do PP e da federação, senadora Tereza Cristina, ainda não se manifestou.
PP e União Brasil já protocolaram no TSE o pedido formal de registro da federação.
Enquanto o PL se consolida com duas candidaturas próprias ao Senado e atrai parte significativa da direita no Estado, a União Progressista se vê pressionada a definir rapidamente seu nome para evitar perda de espaço político e eleitoral.
A decisão deverá ocorrer no início de 2026, quando as movimentações de filiação e desincompatibilização começarem a se intensificar.
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