Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Outubro de 2025

Política / Partidos

Nova direção do PSDB em Mato Grosso do Sul será definida pela executiva nacional até o fim de outubro

Mandato atual encerra no dia 21, e nomes como Geraldo Resende e Pedro Caravina despontam como opções para comandar a sigla no Estado

15/10/2025

14:30

CGN

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O PSDB de Mato Grosso do Sul passa por um momento decisivo. Com o encerramento do mandato da atual executiva no próximo dia 21 de outubro, o comando do partido no Estado ficará sob decisão da direção nacional tucana, que deve indicar uma nova diretoria provisória ainda neste mês.

Atualmente, o diretório estadual é presidido de forma interina pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), mas outros nomes, como o do deputado estadual Pedro Caravina, surgem como alternativas para a reestruturação da legenda.

“Do dia 21 de outubro a 30 de novembro alguém vai ter que assumir a direção do partido aqui no Estado. Sou um dos nomes que devem entrar na disputa. Tenho interesse em reestruturar o partido, mas é uma decisão que não passa só por mim”, afirmou Caravina.

Decisão nacional e cenário interno

A expectativa é de que o PSDB mantenha diretórios provisórios em todo o país até o final de novembro. Nacionalmente, o deputado Aécio Neves (MG) é cotado para assumir a presidência do partido em dezembro, caso o atual presidente, Marconi Perillo, decida deixar o cargo para disputar o governo de Goiás em 2026.

Em Mato Grosso do Sul, a disputa interna reflete o momento de instabilidade vivido pela legenda. Apesar de ter cogitado deixar o partido, Geraldo Resende recuou da decisão e reafirmou permanência. Já Caravina defende que a nova liderança precisa representar comprometimento e vontade de reconstruir o PSDB.

“Tem que ser alguém que realmente queira ficar no partido. Os deputados federais têm preferência porque definem o fundo eleitoral, mas não adianta manter quem não está comprometido”, destacou Caravina.

Racha e debandada tucana

Nos bastidores, cresce o risco de um racha interno. Em reunião recente com vereadores, parte da base tucana sinalizou insatisfação com a condução de Geraldo Resende e manifestou apoio à liderança de Caravina.
O vereador Professor Juari, de Campo Grande, foi direto:

“Queremos o Caravina na liderança. Se continuar o Geraldo Resende, muitos vereadores podem desistir de disputar as eleições de 2026.”

Atualmente, o PSDB conta com cinco vereadores na Câmara da Capital — Juari, Victor Rocha, Flávio Cabo Almi, Papy e Silvio Pitu —, mas o grupo está dividido quanto ao futuro da sigla.

Na Assembleia Legislativa (ALEMS), a bancada tucana é a maior, com Lia Nogueira, Caravina, Jamilson Name, Paulo Corrêa, Zé Teixeira e Mara Caseiro. No entanto, segundo apuração do Jornal Midiamax, uma debandada está prevista para março de 2026, restando apenas Lia Nogueira e Caravina como possíveis remanescentes, alinhados ao governador Eduardo Riedel (PP) — que deixou o PSDB em abril.

Caminho incerto

Com a proximidade das eleições de 2026 e o enfraquecimento do partido no Estado, o PSDB de Mato Grosso do Sul chega ao fim do atual mandato com incertezas e divisões internas, enquanto aguarda o posicionamento da executiva nacional, que deverá definir o novo comando nas próximas semanas.

 


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