Política / Senado Federal
Senado aprova mudanças na Lei da Ficha Limpa com 50 votos a favor; texto reduz tempo de inelegibilidade
Matéria retorna para sanção presidencial e pode beneficiar políticos condenados como José Roberto Arruda e Eduardo Cunha
03/09/2025
23:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Senado Federal aprovou na terça-feira (2) mudanças na Lei da Ficha Limpa, que reduzem o período de inelegibilidade de políticos condenados. O texto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, segue agora para sanção ou veto presidencial.
A proposta estabelece um prazo único de oito anos de inelegibilidade, contado a partir da perda do mandato, da eleição em que ocorreu o ilícito, da renúncia ou da condenação em segunda instância. O projeto ainda fixa um teto máximo de 12 anos de punição, mesmo que o político acumule múltiplas condenações.
A matéria recebeu 50 votos favoráveis e 24 contrários.
Veja quem são os 50 senadores a favor da alteração:
Outros 24 parlamentares se posicionaram contra a proposta.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) classificou a mudança como um retrocesso, alegando que ela reduz de forma significativa o alcance da Ficha Limpa e abre espaço para o retorno precoce de políticos condenados por corrupção, abuso de poder político e econômico.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidiu a sessão e declarou voto favorável:
“Eu faço questão dessa modernização, dessa atualização, da Lei da Ficha Limpa. A inelegibilidade não pode ser eterna e está no texto da lei: oito anos, não pode ser nove nem 20. Meu voto é sim.”
Entre os nomes que podem se beneficiar diretamente com a mudança estão:
José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal.
Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados.
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