Política / Assembleia Legislativa
MPF instaura inquérito para apurar denúncias da ALEMS sobre concessão da BR-163/MS
Deputado Junior Mochi destacou na tribuna que a investigação busca esclarecer arrecadação bilionária e baixo índice de duplicação da rodovia
02/09/2025
16:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O deputado estadual Junior Mochi (MDB) anunciou, nesta terça-feira (2), que o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito para investigar irregularidades na concessão da BR-163/MS, a partir das denúncias formalizadas pela Comissão Temporária de Representação da ALEMS.
Entre os pontos levantados, destaca-se a discrepância entre os valores arrecadados e os investimentos realizados: a concessionária CCR MSVias teria arrecadado cerca de R$ 4 bilhões, mas aplicado pouco mais de R$ 1 bilhão, com apenas 18% da rodovia duplicada, apesar de o contrato prever a duplicação total.
Em discurso na tribuna, Mochi reforçou a importância de apurar os dados financeiros:
“É importante registrar isso e deixar claro que demora, mas que temos hoje esse inquérito a partir do relatório formulado por esta Casa de Leis. Esperamos que haja definição quanto à perícia técnica e contábil, para conferir o que foi arrecadado até o fim da concessão. É direito da sociedade ter clareza sobre esses valores”, afirmou.
Após a repactuação do contrato, a concessionária passou a se chamar Motiva Pantanal e assumiu novas obrigações — menores do que as originais —, devendo ainda prestar contas trimestrais à ALEMS.
Mochi destacou que a empresa tem avançado nas obras ao longo dos 845,4 km da rodovia, que corta 21 municípios de Sonora a Mundo Novo:
“A Motiva realmente tem trabalhado. Em todo o trecho há obras. São duas empresas atuando, uma no sentido Sul e outra no Norte até Sonora. Que tenhamos a satisfação de ver as obras acontecendo, reduzindo acidentes, mas sem esquecer que precisamos de uma resposta satisfatória sobre todo o levantamento já feito”, ressaltou.
A rodovia é considerada o principal corredor logístico do Estado, essencial para o escoamento da produção agrícola e industrial. Os atrasos na duplicação, os altos índices de acidentes e a discrepância financeira entre arrecadação e investimentos motivaram a ação da ALEMS junto ao MPF.
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