Geopolítica
Putin e Trump se encontram no Alasca para primeira reunião desde início da guerra na Ucrânia
Sem Zelensky, líderes discutem cessar-fogo em encontro cercado de desconfiança e baixa expectativa
15/08/2025
07:15
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reúnem nesta sexta-feira (15), às 16h (horário de Brasília), em uma base militar no Alasca para discutir um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia. É o primeiro encontro entre os dois líderes desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, e também a primeira reunião a sós desde 2018.
A ausência do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chama atenção. Segundo a Casa Branca, a proposta do encontro partiu de Putin e, por isso, Kiev ficou de fora desta rodada inicial. Trump afirmou que pretende realizar um segundo encontro no Alasca, que poderia contar com a participação do líder ucraniano.
“Nada está garantido. Será como uma partida de xadrez”, disse Trump, que calculou em 25% as chances de o encontro “terminar mal”.
Putin, por sua vez, elogiou os “esforços sinceros” de Washington e afirmou que a reunião pode selar a “paz mundial” — desde que haja acordo sobre restrição ao uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares.
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), a Rússia mantém controle militar sobre cerca de 20% do território ucraniano. Nenhum dos lados sinalizou disposição para abrir mão dessas áreas, que serão o principal ponto das negociações.
Em janeiro, Trump chegou a sugerir que a Ucrânia poderia ceder parte do território como condição para encerrar a guerra, mas recuou.
Zelensky reafirmou esta semana que não aceitará perder territórios ocupados por tropas russas.
A primeira hora da reunião será apenas entre Putin e Trump, acompanhados exclusivamente por seus intérpretes. Após esse diálogo inicial, as comitivas — formadas por ministros e secretários de ambos os países — se juntarão às discussões. Ao final, os líderes concederão uma coletiva de imprensa conjunta para apresentar os resultados.
Apesar das declarações otimistas na véspera, tanto Washington quanto Moscou vêm baixando o tom nos últimos dias. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que, embora exista esperança por avanços, “em última instância, caberá à Ucrânia e à Rússia chegar a um acordo de paz”.
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