Interior / Selvíria
Secretário de Saúde de Selvíria é exonerado após Operação da PF contra fraudes no SUS
Edgar Barbosa dos Santos deixou o cargo um dia após ser alvo de mandados; investigação apura desvio de recursos, contratos irregulares e até clínicas inexistentes
13/08/2025
20:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O secretário municipal de Saúde de Selvíria, Edgar Barbosa dos Santos, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (13), um dia depois de ser alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal durante a Operação Rastro Cirúrgico, que investiga possíveis fraudes no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão, assinada pelo prefeito Jaime Ferreira (PSDB), foi publicada no Diário da Assomasul e nomeou a secretária-adjunta, Dalila Flavia Barbosa Rodrigues, para assumir a pasta.
A operação, deflagrada na manhã de terça-feira (12), cumpriu 13 mandados de busca e apreensão: seis em Selvíria, três em Aparecida do Taboado e quatro em São José do Rio Preto (SP). Segundo a PF, as investigações apuram peculato, desvio de recursos públicos e fraude em licitações, com foco na gestão municipal de saúde.
A apuração teve início após denúncias envolvendo o Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Selvíria e apontou uma série de irregularidades, incluindo:
Contratações não cumpridas e superfaturamento de contratos;
Falta de comprovação de procedimentos cirúrgicos pagos pela prefeitura;
Múltiplos contratos com objetos idênticos, firmados com as mesmas empresas e vigências simultâneas, resultando em pagamentos duplicados;
Clínica médica inexistente contratada para prestação de serviços;
Ausência de prontuários e registros de uso das salas cirúrgicas, impossibilitando comprovar que as cirurgias ocorreram.
Durante as ações, os agentes apreenderam veículos e motos de luxo, armas e pedras preciosas. Auditorias também revelaram que alguns contratos pagos não tinham qualquer respaldo documental ou registro clínico.
Ao final das investigações, os envolvidos poderão responder por peculato, apropriação indébita, desvio de recursos, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e associação criminosa — crimes que, somados, podem resultar em penas de até 33 anos de prisão.
Edgar Barbosa dos Santos, que ocupava o cargo desde a gestão do ex-prefeito José Fernando Barbosa dos Santos (Avante), teve a exoneração autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, devido ao envolvimento de investigados com foro por prerrogativa de função.
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