Economia / Política
Lula acelera projetos econômicos para aprovação antes do ano eleitoral
Governo prioriza reforma do crédito, isenção do IR e regulamentação da reforma tributária para evitar entraves em 2026
10/08/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corre contra o tempo para aprovar, ainda em 2025, as principais pautas econômicas antes que o calendário eleitoral de 2026 reduza o ritmo de votações no Congresso Nacional.
Entre as prioridades estão a reforma do crédito, a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e a regulamentação da reforma tributária, além de medidas para reduzir o custo do crédito e estimular a economia.
Durante a 5ª sessão plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convocou representantes da sociedade civil a intensificar o diálogo com parlamentares.
“Um ‘alô’ para o seu deputado, para o seu senador, para que esses projetos ganhem prioridade na pauta legislativa vai nos permitir entregar ainda neste ano uma agenda completa do crédito”, disse Haddad.
Segundo o ministro, propostas em tramitação devem ampliar a concorrência no setor financeiro e reduzir o spread bancário, favorecendo o acesso ao crédito.
Apesar de avanços econômicos, pesquisas recentes indicam que Lula ainda enfrenta resistência junto à opinião pública:
Datafolha: 40% de avaliação negativa contra 29% positiva;
Quaest: reprovação recuou para 53% e aprovação subiu para 43%;
AtlasIntel/Bloomberg: empate técnico, com 50,2% de aprovação e 49,7% de desaprovação.
A leitura no Planalto é que aprovar medidas de impacto no bolso do eleitor pode melhorar os índices antes da corrida presidencial.
Sob comando do secretário Marcos Pinto, a Secretaria de Reformas Econômicas trabalha para aprovar seis propostas prioritárias: cinco projetos de lei e uma medida provisória. A principal é o PL 1087/24, que amplia a isenção do IR para R$ 5 mil.
O texto, relatado por Arthur Lira (PP-AL), aumentou a faixa de redução parcial para R$ 7.350. A proposta já passou pela comissão especial da Câmara e aguarda votação em plenário. Se aprovada, seguirá para o Senado.
Outros projetos incluem a Lei de Infraestrutura do Mercado Financeiro (LIMF), novas regras para proteção a acionistas minoritários e mudanças na Lei de Falências.
No início do ano, Haddad apresentou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), um pacote de 25 propostas para o biênio, incluindo:
Regulamentar a reforma tributária e criar o Comitê Gestor do IBS;
Limitar supersalários no funcionalismo;
Reforma da previdência dos militares;
Tributação sobre milionários;
Fortalecimento do mercado de capitais;
Nova emissão de títulos sustentáveis e ampliação do mercado de carbono;
Marco legal da inteligência artificial;
Modernização do regime de concessões e PPPs;
Medidas de estímulo ao agronegócio sustentável (Plano Safra e Renovagro).
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