Internacional
Esforço para resgatar brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia entra no 3º dia, diz Itamaraty
Jovem está há cerca de 300 metros abaixo da trilha do vulcão Rinjani, em Lombok. Condições climáticas dificultam as buscas.
22/06/2025
17:00
DA REDAÇÃO
Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha de vulcão na Indonésia — Foto: Redes sociais
As equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia iniciaram, neste domingo (22), o terceiro dia de operações para resgatar a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu em um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, localizado em Lombok, na Indonésia.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, Juliana está em um local de difícil acesso, a cerca de 300 metros abaixo da trilha principal, próximo à cratera do vulcão. A queda aconteceu na madrugada de sábado (21), no horário local — ainda sexta-feira (20) no Brasil.
Em nota oficial, o Itamaraty informou que o embaixador do Brasil em Jacarta está atuando diretamente nas negociações com o governo da Indonésia, mantendo contato constante com o Diretor Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres daquele país.
Dois servidores da Embaixada brasileira foram enviados para Lombok para acompanhar presencialmente os trabalhos de busca e resgate, que vêm sendo prejudicados pelas condições climáticas adversas, baixa visibilidade e terreno de difícil acesso.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que o próprio ministro das Relações Exteriores do Brasil também está realizando contatos de alto nível com o governo indonésio para solicitar reforço nas operações de resgate.
Juliana Marins caiu de um penhasco enquanto fazia uma trilha no vulcão Rinjani;
O local onde ela está é extremamente íngreme, a cerca de 300 metros abaixo da trilha principal;
Ela foi localizada por outros turistas, que conseguiram vê-la com o uso de um drone e compartilharam as imagens nas redes sociais;
Inicialmente, informações oficiais afirmavam que ela teria recebido água, comida e agasalho, mas a família nega que o resgate tenha sido concluído até o momento;
O mau tempo no domingo forçou a suspensão temporária das buscas, que devem ser retomadas na segunda-feira (23) no horário local (10 horas à frente de Brasília).
Juliana Marins é natural de Niterói, no Rio de Janeiro, formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance. Ela está em uma viagem de mochilão pela Ásia desde fevereiro deste ano.
Antes de chegar à Indonésia, Juliana passou por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia. Nas redes sociais, ela compartilhava registros frequentes da viagem e mantinha contato com amigos, familiares e seguidores até o momento do acidente.
O Monte Rinjani é o segundo maior vulcão da Indonésia, com 3.726 metros de altitude, e é um dos destinos mais procurados por mochileiros e amantes de trilhas de aventura. Apesar de oferecer paisagens exuberantes, o percurso é conhecido pela alta dificuldade, com trilhas íngremes, penhascos e áreas de risco, principalmente próximo à cratera.
“Desde que foi acionada pela família da turista, a Embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda, em região remota, a cerca de quatro horas do centro urbano mais próximo.”
O governo brasileiro também reforçou que segue monitorando a situação de perto e prestando assistência aos familiares da brasileira.
A família de Juliana criou o perfil no Instagram “Resgate Juliana Marins”, que tem sido atualizado constantemente com informações sobre as buscas, além de mobilizar apoio para que mais recursos sejam enviados pelas autoridades locais.
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