Interior / Bandeirantes
Eleição suplementar em Bandeirantes terá disputa entre ex-aliados e nomes já conhecidos do eleitorado
Após cassação definitiva de Álvaro Urt, três pré-candidatos estão na disputa pela prefeitura; PSDB ainda avalia lançar nome próprio
31/05/2025
09:15
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
A cidade de Bandeirantes, em Mato Grosso do Sul, vive uma nova movimentação política após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar, por unanimidade, a realização de eleição suplementar para a Prefeitura. O pleito ainda não tem data definida, mas três nomes já confirmaram pré-candidatura, todos com histórico na eleição passada, marcada pela judicialização.
Entre os postulantes está Gustavo Sprotte, que obteve 29,81% dos votos na última eleição. Antes filiado ao PP, ele migrou para o partido Novo e disputará novamente o comando do Executivo municipal. Do outro lado estará seu antigo aliado, Marcelo Abdo (PP), atual prefeito interino, que tenta consolidar sua candidatura com apoio da máquina pública.
Completa o trio de pré-candidatos o professor Celso Abrantes (PSD), que foi segundo colocado no pleito anterior, com 31,17% dos votos. Ele voltou a se colocar como alternativa diante da cassação definitiva do vencedor da eleição, o ex-prefeito Álvaro Urt (PSDB), que obteve 38,45% dos votos, mas teve o registro de candidatura cassado pela Justiça Eleitoral.
Com a inelegibilidade de Álvaro Urt confirmada pelo TSE, o PSDB ainda não definiu se participará do novo pleito. Nos bastidores, o nome da vereadora Zulene Diniz, que já foi candidata à prefeitura, aparece como possível cabeça de chapa ou vice em eventual coligação.
A decisão pela nova eleição veio após o TSE negar recurso de Álvaro Urt, que tentava reverter a cassação de seu registro de candidatura. O ministro André Mendonça, relator do caso, reafirmou que a Justiça Eleitoral tem competência exclusiva para julgar a elegibilidade dos candidatos.
Segundo Mendonça, a liminar obtida por Urt na Justiça Comum em 2023 — que havia restituído seus direitos políticos — não poderia anular a decisão anterior da Câmara Municipal, que cassou seu mandato com base em denúncias da operação “Sucata Preciosa”, conduzida pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
A operação investigou fraudes em licitações e desvio de recursos públicos por meio da emissão de notas fiscais frias para serviços de manutenção da frota municipal. Entre os crimes apurados estão peculato, falsidade ideológica, corrupção passiva e fraude em licitação.
Mesmo após vencer as eleições de 2020 e 2024, Álvaro Urt não chegou a assumir nenhum dos mandatos, devido às pendências judiciais decorrentes do mesmo escândalo.
O ministro André Mendonça também negou pedido de Celso Abrantes para assumir diretamente a prefeitura, sob o argumento da economicidade, por ter sido o segundo mais votado. O TSE reafirmou que, independentemente do número de votos anulados, deve ser realizada nova eleição para garantir a legitimidade democrática do processo.
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