Política Internacional
Elon Musk critica plano fiscal de Trump e diz estar "decepcionado" com aumento do déficit
Empresário, que liderava órgão de eficiência governamental, aponta que proposta orçamentária amplia gastos e contraria promessa de equilíbrio fiscal
28/05/2025
13:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O bilionário Elon Musk declarou estar "francamente decepcionado" com o projeto fiscal e orçamentário promovido pelo presidente Donald Trump, aprovado recentemente pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A crítica foi feita em entrevista ao programa CBS Sunday Morning, que irá ao ar no próximo domingo, mas teve trechos divulgados antecipadamente pela emissora.
Segundo Musk, o projeto contradiz os esforços da equipe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) — órgão que ele próprio liderou nos últimos meses a convite de Trump — e que buscava conter os gastos públicos. “Fiquei decepcionado ao ver o enorme projeto de lei de despesas, que aumenta o déficit orçamental e prejudica o trabalho que o DOGE está fazendo”, afirmou o empresário.
O plano aprovado prevê cortes de impostos na ordem de US$ 4,5 trilhões (aproximadamente R$ 26 trilhões), ampliando os incentivos fiscais implementados por Trump entre 2017 e 2021. Em contrapartida, o pacote também eleva significativamente os gastos públicos, o que deve provocar aumento no déficit orçamentário dos EUA.
Apesar da maioria republicana na Câmara, a proposta enfrenta resistência no Senado, inclusive dentro do próprio partido, com parlamentares exigindo cortes mais profundos em despesas e maior austeridade fiscal.
Elon Musk, que vinha mantendo relação próxima com Trump desde o início do segundo mandato em janeiro, tem se afastado gradualmente do governo. A atuação no DOGE gerou polêmicas, incluindo demissões em massa no funcionalismo público e recomendações de redução drástica das operações federais.
Em tom irônico, Musk comentou: “Um projeto de lei pode ser grande ou bonito, mas não sei se pode ser as duas coisas”.
Cortes de impostos: US$ 4,5 trilhões em benefícios fiscais, principalmente para empresas e altas rendas.
Aumento nos gastos: ampliação de recursos para políticas de imigração e segurança de fronteira.
Compensações: cortes previstos em programas como Seguridade Social e assistência social, alvo de críticas de democratas e ONGs.
A declaração de Musk repercute em um momento delicado para Trump, que tenta consolidar sua base para as eleições presidenciais de 2026. A proposta, embora celebrada por setores conservadores, gera divisões internas no Partido Republicano e levanta dúvidas sobre a sustentabilidade fiscal do país.
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