Campo Grande (MS), Segunda-feira, 05 de Maio de 2025

Polícia / Justiça

Família cobra explicações após morte de empresário em cela da Depac Cepol em Campo Grande

Samu afirma que não foi acionado para socorrer Antônio Trombini; ex-esposa aponta negligência e conflito de interesses na abordagem policial

05/05/2025

07:00

DA REDAÇÃO

Arquiteto Antônio Cesar Trombini morreu na última sexta-feira (02) (Foto Rede Social)

A morte do empresário e arquiteto Antônio Cesar Trombini, encontrado sem vida dentro de uma cela da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac Cepol) em Campo Grande, na manhã da última sexta-feira (2), gerou revolta e questionamentos por parte da família, que acusa negligência e exige uma apuração rigorosa dos fatos.

Samu nega atendimento a Trombini após acidente

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) 192 não registrou nenhum chamado em nome do empresário, nem na cena do acidente nem na delegacia. A equipe médica que atendeu o chamado prestou socorro apenas a uma mulher de 51 anos, passageira de um dos veículos envolvidos.

Segundo o protocolo do Samu, mesmo em casos de recusa de atendimento, um registro é realizado pela central de regulação, o que não ocorreu no caso de Trombini. A ausência de registro sugere que ele não estava presente quando a equipe chegou ao local do acidente.

Ex-esposa fala em negligência e possível abuso

Sandra Roncatti, ex-esposa do empresário, acusa as autoridades de negligência. Ela relata que Antônio era idoso, apresentava comorbidades, estava ferido com corte na testa e lesão no braço, mas não recebeu atendimento médico nem foi encaminhado ao hospital após a colisão de trânsito que resultou em sua prisão.

Gostaria de saber se o corte na testa foi causado na batida ou se aconteceu já dentro da cela”, questiona Sandra, levantando dúvidas sobre as condições da detenção.

Conflito de interesses e cena do acidente alterada?

Outro ponto que levanta suspeitas é o fato de que, segundo Sandra, o filho de uma das vítimas do acidente é policial civil em Ribas do Rio Pardo e teria dado voz de prisão ao empresário.

Ela alega que o agente chegou a entrar na caminhonete de Antônio logo após o acidente, o que poderia ter descaracterizado a cena. “Conversei com meu advogado e sei que ele não poderia ter feito isso”, declarou Sandra.

Família exigirá imagens das câmeras de segurança

Sandra informou que a família buscará a Corregedoria da Polícia Civil para solicitar as imagens das câmeras de segurança da delegacia e entender o que de fato ocorreu nas últimas horas de vida de Antônio Trombini.

Mais do que negligência, foi um ato desumano. Nós vamos atrás de justiça”, reforçou.


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