Economia / Trabalho
Nova regra para trabalho no comércio aos domingos entra em vigor em 1º de julho
Portaria exige convenção coletiva para funcionamento em domingos e feriados; setor comercial critica medida
04/05/2025
07:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A partir de 1º de julho de 2025, entra em vigor uma nova regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego que altera as condições para o funcionamento do comércio aos domingos e feriados. A principal mudança exige que o trabalho nesses dias esteja previsto em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), encerrando a possibilidade de acordos diretos entre patrões e empregados sem mediação sindical.
A medida é resultado da Portaria nº 3.665, publicada em novembro de 2023, e vem sendo adiada desde então devido à resistência de setores empresariais e parlamentares ligados ao comércio. Agora, com a data confirmada, empresas terão que se adequar às novas regras ou poderão ser autuadas por descumprimento.
“A portaria tem como objetivo fortalecer a negociação coletiva e garantir que as condições de trabalho aos domingos e feriados sejam pactuadas entre patrões e sindicatos de trabalhadores”, informou o Ministério do Trabalho.
Obrigatoriedade de convenção coletiva para autorizar o trabalho em domingos e feriados;
Fim da validade de acordos individuais ou diretos entre empregadores e funcionários para essa finalidade;
Respeito às legislações municipais passa a ser obrigatório para a autorização do funcionamento;
Feiras livres estão excluídas da exigência, podendo seguir funcionando normalmente.
A nova exigência tem enfrentado forte oposição de empresários do comércio, que alegam aumento da burocracia e risco à competitividade. Sindicatos patronais e parlamentares ligados ao setor comercial classificaram a mudança como “retrocesso” e pressionaram pelo adiamento da medida desde sua publicação.
“Essa medida engessa o setor e desrespeita a dinâmica do comércio moderno. A livre negociação deveria prevalecer”, afirmou um representante do setor varejista.
Já as entidades sindicais defendem a norma como uma conquista dos trabalhadores, reforçando o direito à negociação coletiva para definir escalas e compensações.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Arauco lança portal do Plano Estratégico Socioambiental do Projeto Sucuriú em Inocência (MS)
Leia Mais
Hacker afirma que Carla Zambelli mandou invadir sistema do CNJ para desacreditar Justiça
Leia Mais
PSD articula com Riedel para lançar candidato ao Senado em 2026
Leia Mais
PF prende “Careca do INSS” em operação contra fraudes bilionárias em aposentadorias
Municípios