Saúde / Campo Grande
Campo Grande decreta emergência na saúde e UPAs passam a ser usadas para internação
Decisão foi tomada diante do aumento de casos de SRAG e da falta de leitos hospitalares; decreto vale por 90 dias
26/04/2025
10:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência na saúde pública por 90 dias, após o aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e o déficit de leitos hospitalares. A decisão foi formalizada na manhã deste sábado (26) durante reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) para Doenças Respiratórias e Arboviroses.
O decreto de emergência foi publicado em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) e autoriza a adoção de medidas operacionais emergenciais para garantir o atendimento da população.
Conforme boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Mato Grosso do Sul registrou:
1.940 hospitalizações por SRAG em 2025
27 mortes confirmadas
Além disso, há uma tendência de aumento de casos nas próximas quatro a seis semanas, conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Com a falta de vagas na rede privada e pública, a Prefeitura anunciou mudanças no atendimento:
O Pronto Atendimento Infantil, no Bairro Tiradentes, será referência para internação dos casos mais graves de SRAG.
As UPAs Universitário e Coronel Antonino serão adaptadas para receber pacientes que precisarem de observação médica por mais de 24 horas.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, a operação será integrada: "As unidades funcionarão como um conjunto. Pacientes que não forem casos gravíssimos, mas que precisam de observação, serão transferidos para as UPAs."
O plano de contingência visa ampliar a capacidade de resposta diante da impossibilidade de ampliação imediata de leitos hospitalares.
Em outra medida emergencial, a vacinação contra a gripe será liberada para toda a população a partir deste domingo (27). A intenção é reduzir a circulação dos vírus respiratórios e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.
A SES estuda a abertura de 10 novos leitos no interior, provavelmente em Três Lagoas, para auxiliar no escoamento de pacientes e reduzir a sobrecarga em Campo Grande.
A Prefeitura intensifica o monitoramento das UPAs e do Pronto Atendimento Infantil para garantir a continuidade dos atendimentos.
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