Política / Justiça
Após 385 dias preso em Campo Grande, Chiquinho Brazão cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro
Réu no STF por ser apontado como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, deputado está monitorado por tornozeleira eletrônica e cumpre série de restrições
13/04/2025
13:30
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, já se encontra em prisão domiciliar, em sua residência na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro, após deixar a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) no último sábado (12).
A transferência para o regime domiciliar foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em um laudo médico que indicou agravamento no estado de saúde do parlamentar, incluindo doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, insuficiência renal e episódios de angina.
De volta ao Rio, Brazão está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e deve cumprir diversas medidas impostas pelo STF, incluindo:
Proibição de acesso a redes sociais
Proibição de entrevistas à imprensa
Restrição de visitas a familiares e advogados apenas
Proibição de contato com outros investigados no caso Marielle
A defesa do deputado atua em duas frentes jurídicas:
Tentar barrar o processo de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados.
Buscar sua absolvição no processo criminal em tramitação no STF.
Durante a prisão em Campo Grande, a família do parlamentar permaneceu na cidade, hospedada em hotel. Eles retornaram ao Rio de Janeiro neste domingo (13), junto a Brazão.
Brazão foi preso em 24 de março de 2024, após autorização de Alexandre de Moraes, e transferido para Campo Grande em 27 de março, com o objetivo de impedir contato com o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, também acusado no caso, e que foi encaminhado ao presídio federal de Porto Velho (RO).
Durante sua permanência na capital sul-mato-grossense, Brazão apresentou quadro de saúde debilitado e chegou a passar por um cateterismo no Hospital do Coração em fevereiro deste ano.
As investigações da Polícia Federal apontam que os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 14 de março de 2018. A motivação teria sido o posicionamento político da vereadora contra interesses fundiários ligados a milícias.
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Rivaldo Barbosa, também foi preso, acusado de ter “planejado meticulosamente” o crime. As delações de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, envolvidos na execução, sustentam a tese de que o homicídio foi encomendado pelos Brazão com intermediação de Edmilson Macalé, miliciano da Zona Oeste.
A primeira reunião teria ocorrido ainda em 2017, segundo a PF, e o crime foi articulado em encontros breves, realizados em locais desertos para evitar rastreamento.
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