Campo Grande (MS), Segunda-feira, 31 de Março de 2025

Saúde

Março Lilás alerta: câncer do colo do útero é o único prevenível por vacina

Campanha reforça importância da vacinação contra o HPV e de exames regulares para reduzir mortes e casos no Brasil

26/03/2025

07:45

VRF COM

DA REDAÇÃO

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Durante o Março Lilás, mês de conscientização sobre o câncer de colo do útero, especialistas reforçam que este é o único tipo de câncer ginecológico com prevenção comprovada por vacina. Apesar disso, a doença ainda apresenta índices preocupantes no Brasil e no mundo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 17 mil novos casos e cerca de seis mil mortes em 2025 no país. No ranking nacional, o câncer do colo do útero é o terceiro mais comum entre mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal.

HPV: principal causa e alvo da prevenção

Mais de 90% dos casos da doença estão associados ao HPV (papilomavírus humano), vírus sexualmente transmissível que pode provocar alterações celulares responsáveis pelo surgimento do tumor.

“A melhor forma de prevenir o câncer de colo do útero é a imunização, além do uso de preservativos e dos acompanhamentos ginecológicos periódicos”, afirma o oncologista Saulo Terra, do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano, da Rede D’Or.

A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de pessoas imunocomprometidas entre 9 e 45 anos. Já na rede privada, há também a vacina nonavalente, com proteção ampliada contra nove subtipos do vírus.

Exames de rastreio garantem diagnóstico precoce

Além da vacinação, o exame preventivo é essencial para detecção precoce da doença.

“O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos façam o Papanicolau. Se dois exames consecutivos derem resultado normal, o intervalo pode ser de três anos”, explica o oncologista.

A doença é silenciosa nos estágios iniciais, mas pode apresentar sintomas em fases avançadas, como:

  • Sangramento fora do período menstrual

  • Secreção vaginal anormal

  • Dor pélvica

  • Sangramento após a relação sexual

Tratamento depende do estágio e perfil da paciente

O tratamento varia conforme o estágio da doença, localização do tumor, idade e desejo reprodutivo. Pode incluir:

  • Cirurgia

  • Radioterapia

  • Quimioterapia

“Lesões iniciais podem ser tratadas com técnicas menos invasivas, reforçando a importância do rastreamento regular”, alerta o médico.

O Hospital São Luiz São Caetano, da Rede D’Or, é referência em tratamentos de alta complexidade na região do ABC paulista, com equipe especializada e tecnologia de ponta.

Homens também devem se prevenir

O oncologista destaca que homens também precisam se vacinar contra o HPV, que pode causar câncer de pênis, orofaringe e ânus, além de contribuir para a transmissão às parceiras.

“A imunização e o rastreamento são as chaves para salvar milhares de vidas. A campanha Março Lilás é uma oportunidade de ouro para espalhar informação correta e incentivar o diagnóstico precoce”, finaliza Saulo Terra.


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