POLÍTICA
Caravina alerta para déficit de policiais em MS e cobra reforço no efetivo da Polícia Civil
Deputado estadual destaca falta de investigadores e escrivães e propõe retorno temporário de policiais inativos para suprir carência
19/03/2025
09:35
DA REDAÇÃO
deputado estadual Caravina ©CARLOS RIBEIRO
O deputado estadual Caravina fez um pronunciamento nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), alertando para a falta de efetivo na Polícia Civil do estado. De acordo com o parlamentar, a defasagem chega a quase 40% no quadro de investigadores e escrivães, comprometendo a segurança pública e dificultando a investigação de crimes.
📊 Dados apresentados pelo deputado apontam que Mato Grosso do Sul precisa de 1.980 investigadores, mas conta com apenas 1.212 ativos. O cenário entre os escrivães também preocupa: das 660 vagas necessárias, apenas 460 estão ocupadas, resultando em um déficit de 200 profissionais.
A situação se agrava diante do crescimento populacional do estado, que aumentou 32% entre 2000 e 2022, enquanto o número de policiais permaneceu praticamente inalterado.
Para minimizar os impactos da defasagem, Caravina defendeu o retorno temporário de policiais civis aposentados ao serviço ativo, semelhante ao que ocorre na Polícia Militar, onde profissionais inativos podem atuar recebendo um adicional.
“Temos um concurso autorizado pelo Governo, mas a demanda por atendimento policial cresce rapidamente. Se houver policiais aposentados que possam imediatamente voltar à ativa, a medida traria uma solução imediata ao problema da defasagem na polícia judiciária”, explicou o deputado.
Caravina ressaltou que a demanda por serviços policiais tem aumentado significativamente, impulsionada por novas leis e pela alta nos crimes cibernéticos, como assédio e exploração sexual online.
Para enfrentar esses desafios, foi criada, em dezembro de 2024, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC). No entanto, a falta de policiais treinados ainda impede o funcionamento pleno da unidade.
Apesar do concurso público em andamento, que prevê 300 vagas para escrivães e 100 para investigadores, Caravina enfatizou que apenas a realização da seleção não será suficiente para resolver o problema.
“Depois desse concurso, será essencial garantir recursos, gestão e orçamento para fortalecer a Polícia Civil. O momento é de priorizar ações para aumentar o efetivo e melhorar o atendimento da polícia judiciária”, concluiu o deputado, que é delegado aposentado.
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