Campo Grande (MS), Quarta-feira, 12 de Março de 2025

POLÍTICA

PGR denuncia Bolsonaro por plano para matar Lula e Alexandre de Moraes

Procurador-geral Paulo Gonet aponta atuação de organização criminosa liderada pelo ex-presidente

18/02/2025

21:10

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou, nesta terça-feira (18), que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia e concordou com um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A acusação faz parte da denúncia apresentada pela PGR ao STF, que pode transformar Bolsonaro em réu, caso seja aceita pela Corte.

📢 "Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, um plano de ataque às instituições, visando à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de ‘Punhal Verde Amarelo’", aponta a denúncia.

Objetivo do plano: eliminação de opositores e tomada do poder

Segundo a denúncia assinada por Gonet, Bolsonaro adotou um tom de ruptura institucional desde 2021, promovendo desinformação sobre o sistema eleitoral e incentivando a insubordinação das Forças Armadas.

📌 Os principais pontos da acusação incluem:
Bolsonaro sabia e anuiu ao plano de assassinato de Lula e Moraes
Plano previa o envenenamento do presidente eleito
Supremo Tribunal Federal era um dos alvos principais a ser ‘neutralizado’
Criação de um "gabinete central" para comandar um novo regime

De acordo com o documento enviado ao STF, o plano era minuciosamente detalhado e tinha etapas de execução, incluindo ações para mobilizar o Alto Comando do Exército e gerar comoção social que justificasse um golpe.


Plano chamado de "Punhal Verde Amarelo" previa golpe de Estado

A investigação revelou que os aliados de Bolsonaro se referiam ao esquema golpista como "Punhal Verde Amarelo", um plano para derrubar a democracia e controlar os três Poderes.

📢 "O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa reconhecia a inexistência de fraude nas eleições", afirma a PGR.

A denúncia também menciona a chamada "Operação Copa 2022", cujo objetivo era provocar um cenário de caos e instabilidade no país, visando convencer setores das Forças Armadas a aderirem ao golpe.


Próximos passos: Bolsonaro pode se tornar réu no STF

Agora, o Supremo Tribunal Federal analisará a denúncia e decidirá se aceita as acusações contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, ele se tornará réu e passará a responder a processo penal pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa e tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.

Possíveis penas:
Golpe de Estado: 4 a 12 anos de reclusão
Abolição violenta do Estado democrático de Direito: 4 a 8 anos
Organização criminosa: 3 a 8 anos

A denúncia representa um dos momentos mais críticos da escalada jurídica contra Bolsonaro, que já enfrenta investigações por fraude no cartão de vacinação e venda ilegal de joias da Presidência.

A decisão do STF pode definir o futuro político e legal do ex-presidente.


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