O vereador Landmark Rios (PT) se manifestou nesta segunda-feira (17), na Câmara Municipal de Campo Grande, contra uma proposta que, segundo ele, abre caminho para a privatização da saúde pública na Capital. O projeto teria sido sugerido pelo vereador Rafael Tavares (PL) já no primeiro dia da nova legislatura.

📢 "Privatização é gambiarra que só precariza o serviço público na área da saúde. O vereador Rafael Tavares apresentou um projeto que ameaça a saúde pública em Campo Grande. Isso não é solução", criticou Landmark.

A proposta gerou preocupação entre especialistas e profissionais de saúde, que alertam para os impactos negativos da terceirização e privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Landmark, experiências em outros estados mostram que esse modelo resulta em precarização do atendimento, corrupção e desvio de recursos públicos.

Experiências fracassadas de privatização no Brasil

Cidades como Rio de Janeiro e São Paulo já adotaram modelos de terceirização e Parcerias Público-Privadas (PPPs) na gestão da saúde, e os resultados foram precarização do serviço, queda na qualidade do atendimento e escândalos de corrupção.

📌 Casos críticos da privatização da saúde no Brasil:
❌ Rio de Janeiro: Gestão por Organizações Sociais (OSs) gerou escândalos de corrupção e falta de pagamentos a funcionários;
❌ São Paulo: Privatização da Atenção Primária reduziu o controle social sobre a saúde pública;
❌ Governo Federal (gestão Bolsonaro): PPPs no SUS beneficiaram grandes empresas, mas agravaram a falta de investimentos em hospitais públicos.

📢 "Não podemos ser irresponsáveis e jogar a saúde pública no ralo com essa gambiarra da privatização", declarou Landmark.

Coren-SP alerta para riscos das PPPs na saúde

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) já manifestou preocupação com o avanço da privatização, especialmente no caso das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Segundo o órgão, a transferência da gestão para a iniciativa privada:

🔹 Enfraquece o controle público sobre os serviços de saúde;
🔹 Reduz direitos trabalhistas dos profissionais, aumentando a insegurança na categoria;
🔹 Prioriza o lucro das empresas em vez da qualidade do atendimento;
🔹 Pode comprometer o acesso gratuito e universal ao SUS.

📢 "A saúde pública no Brasil é um direito garantido pela Constituição e deve ser tratada como tal. O que precisamos é fortalecer o SUS, não entregá-lo ao mercado", alertou Landmark.

SUS deve ser ampliado, não sucateado

O vereador reforçou que o SUS é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e que os desafios enfrentados devem ser resolvidos com ampliação de recursos e eficiência na gestão, não com privatização.

📢 "Nosso país é referência mundial no sucesso do SUS. O que precisamos é ampliar o serviço e resolver problemas como filas de espera e demora no atendimento, mas sem entregá-lo para empresas que só visam lucro", concluiu Landmark.