Política / Justiça
Ex-candidato ao governo de MS, Magno de Souza é preso em aldeia indígena por suspeita de estupro de vulnerável
Mandado de prisão em aberto foi cumprido em Dourados; investigado disputou o Executivo estadual em 2022 pelo PCO
13/12/2025
18:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ex-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Magno de Souza, foi preso neste sábado na Aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS), a cerca de 226 quilômetros de Campo Grande. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto, expedido pela Justiça, por suspeita de estupro de vulnerável.
Segundo informações do portal Dourados Informa, a Polícia Militar foi acionada inicialmente para apurar uma denúncia sobre a possível existência de um corpo na aldeia, onde Magno, indígena de 41 anos, é conhecido como uma das lideranças locais.
Ao chegarem ao local, os policiais não localizaram nenhum corpo. No entanto, durante as diligências, a equipe avistou Magno de Souza, que já era conhecido das forças de segurança e constava com mandado de prisão ativo no sistema judicial.
Diante da constatação, os policiais cumpriram a ordem judicial, efetuaram a prisão e conduziram o ex-candidato à Delegacia de Polícia Civil de Dourados, onde ele permanece à disposição da Justiça.
Magno de Souza foi candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2022, concorrendo pelo PCO (Partido da Causa Operária). Durante a campanha, adotou um discurso voltado à defesa das minorias, o que lhe deu visibilidade no cenário político estadual à época.
Até o momento, não foram divulgados detalhes adicionais sobre o inquérito, tampouco informações sobre audiência de custódia ou eventual transferência do preso. A Polícia Civil dará continuidade às investigações e aos procedimentos legais cabíveis.
A trajetória política de Magno de Souza nas eleições de 2022 foi marcada por disputas judiciais. O PCO recorreu por duas vezes ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) contra a impugnação da candidatura de Magno ao Governo do Estado. Os recursos também incluíam o então candidato a vice, Carlos Martins Júnior.
A defesa, representada pelo advogado Juliano Alessander Lopes Barbosa, alegou que Magno estaria elegível antes da diplomação e da posse, em 1º de janeiro de 2023, sustentando ainda que a certidão da Justiça estadual em 2º grau era negativa.
No entanto, o TRE-MS rejeitou os recursos e manteve o indeferimento do registro. Em seu voto, o relator, desembargador Julizar Barbosa Trindade, destacou que os embargos apresentados pela defesa repetiam argumentos já analisados, sem apontar obscuridade ou contradição na decisão anterior.
A impugnação foi mantida por unanimidade pelos membros do Pleno do Tribunal.
A Procuradoria Regional Eleitoral do MPF havia pedido a impugnação da candidatura de Magno com base em uma condenação por furto, ocorrida em junho de 2012, envolvendo o furto de uma bicicleta em Dourados.
Embora a 3ª Vara Criminal de Dourados tenha decretado, em 2019, a extinção da punibilidade por prescrição da pretensão executória, o TRE-MS entendeu que os efeitos secundários da condenação, como a inelegibilidade, permanecem válidos até o término do prazo legal.
Conforme a decisão, Magno teve mandado de prisão expedido em 2016 e estaria inelegível até 2024, o que inviabilizou sua candidatura naquele pleito.
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