Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Mega fusão partidária pode remodelar eleições de 2026 em MS

Unir partidos históricos e recentes visa amplificar poder político e alianças estratégicas na capital e estados

12/01/2025

08:00

JCR

DA REDAÇÃO

Superfederação pode unir principais caciques políticos em MS nas eleições de 2026 (Foto: Arquivo)

Dirigentes partidários discutem a criação de uma mega fusão ou federação entre MDB, PSDB, PSD, PP, União Brasil e Republicanos, visando reinventar o sistema político para as eleições de 2026. Essa união poderá colocar adversários históricos e recentes no mesmo palanque em Mato Grosso do Sul, gerando novas dinâmicas e alianças.

Possíveis cenários e lideranças envolvidas

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, afirmou que existem várias tratativas em andamento, incluindo a fusão com o PSDB. No cenário de convergência entre os dois partidos, ex-governadores como André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) poderiam voltar a se aliar, retomando parcerias que remontam ao início da carreira política de Azambuja, quando ajudou Puccinelli a assumir o governo em 2014.

Essa conversa abrangente envolve figuras de destaque como:

  • O ex-presidente da República, Michel Temer
  • A ministra do Planejamento, Simone Tebet
  • O governador do Pará, Helder Barbalho
  • O líder da bancada na Câmara, Isnaldo Bulhões Jr. (AL)
  • O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo
  • O ex-governador do Paraná, Beto Richa

Estratégia de superfederação

Além das negociações entre MDB e PSDB, Baleia Rossi também considera uma federação com o PSD para contrabalançar uma possível união do centrão. A visão é formar uma superfederação que incluiria:

  • O PP de Arthur Lira (AL)
  • Ciro Nogueira (PI) com seu partido
  • União Brasil de Davi Alcolumbre (AP)
  • Republicanos de Hugo Motta (PB)

Essa junção pretendida busca aumentar a influência no Congresso e nos estados, além de ampliar o poder de barganha com o governo federal. Em Mato Grosso do Sul, a federação reuniria:

  • As duas adversárias do segundo turno em Campo Grande: a prefeita Adriane Lopes (PP) e a ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil)
  • O governador Eduardo Riedel (PSDB)
  • O senador Nelsinho Trad (PSD)
  • O vice-governador Barbosinha (PSD)
  • A senadora Tereza Cristina (PP)

Ao se federarem, os partidos assumem o compromisso de atuar juntos no Legislativo e nas eleições por pelo menos quatro anos, sinalizando uma mudança estratégica profunda na política estadual e nacional.

Contexto e precedentes

Existem atualmente três federações aprovadas em 2022 com vigência até, pelo menos, o primeiro semestre de 2026:

  1. PT, PC do B e PV
  2. PSDB e Cidadania
  3. PSOL e Rede

Esses exemplos ilustram a tendência de partidos se unirem para fortalecer sua presença e capacidade de negociação. As articulações em torno da mega fusão ressaltam que a democracia permite e, por vezes, exige alianças além de rivalidades. Conforme comentam especialistas, "amigos hoje podem ser adversários amanhã, assim como inimigos podem ser aliados", destacando que o objetivo maior é servir ao eleitorado e reforçar o diálogo e a cooperação política.


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