ÁGUAS GUARIROBA
FGV revela impacto positivo do saneamento básico em Campo Grande na saúde neonatal
Estudo destaca avanços proporcionados pela rede de esgoto, com benefícios significativos para gestantes e recém-nascidos
02/12/2024
18:42
DA REDAÇÃO
Um estudo inovador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) analisou o impacto do saneamento básico na saúde neonatal em Campo Grande, destacando os benefícios significativos para gestantes e recém-nascidos. A pesquisa utilizou dados fornecidos pelo programa Sanear Morena, conduzido pela Águas Guariroba, e avaliou o período entre 2005 e 2019, quando a cobertura da rede de esgoto na cidade saltou de 22% para 83%.
Coordenado pela economista Fernanda Batolla, o estudo demonstrou que o acesso ao saneamento básico durante a gestação melhora consideravelmente a saúde dos recém-nascidos. Entre os principais achados, destaca-se que, a cada mês de acesso ao saneamento, os bebês ganham, em média, 20 gramas adicionais. Além disso, o acesso à rede de esgoto reduz em 17% a probabilidade de nascimentos com peso inferior a 2 quilos, diminuindo a necessidade de internações em UTIs neonatais.
Conforme Batolla, “o que acontece ainda na barriga da mãe tem efeitos permanentes na vida da criança, influenciando positivamente sua saúde na vida adulta”.
O estudo também apontou que mães com maior escolaridade e renda conseguem usufruir melhor dos benefícios do saneamento básico, pois possuem mais recursos e informação para aderir à rede de esgoto. Para combater essas desigualdades, a Águas Guariroba tem ampliado programas como a Tarifa Social da Água, que atualmente beneficia mais de 65 mil pessoas.
“Nosso propósito é garantir que todas as famílias de Campo Grande tenham acesso a água e esgoto tratados, elevando a qualidade de vida e promovendo saúde preventiva”, comentou Francis Faustino, diretora-executiva da Águas Guariroba.
Com o programa Campo Grande Saneada, a cidade alcançou 93% de cobertura de esgoto em 2024, ultrapassando o índice de 90% previsto pela Lei Federal 14.026/2020, com quase uma década de antecedência. Nos últimos dois anos, mais de 500 quilômetros de tubulação foram instalados, conectando 120 mil novos moradores à rede.
O estudo intitulado "O efeito do saneamento na saúde neonatal: Evidências do Brasil", coautorado por Fernanda Batolla, Pedro Oliveira e o professor Daniel da Mata, será publicado na íntegra em breve. Os resultados reforçam o papel do saneamento básico na promoção de saúde e qualidade de vida, especialmente em regiões de alta vulnerabilidade.
Para Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea, os dados evidenciam a importância de investir em infraestrutura e conscientização. "O saneamento vai além de uma rede de esgoto, ele transforma vidas, reduz desigualdades e constrói um futuro mais sustentável", destacou.
Campo Grande se posiciona como referência nacional em saneamento, colhendo frutos de políticas públicas efetivas e parcerias estratégicas que garantem o bem-estar da população e o desenvolvimento sustentável.
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