POLICIAL
Chefe de clã do tráfico é considerado foragido após STJ anular soltura
Novo mandado de prisão foi expedido, mas PF não encontrou Antônio Joaquim da Mota em seus endereços
16/09/2024
10:26
CGN
DA REDAÇÃO
Antônio Joaquim da Mota, o “Tonho”, agora considerado foragido (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal confirmou o pior cenário esperado: Antônio Joaquim da Mota, 64 anos, conhecido como "Tonho", apontado como chefe de um clã do tráfico de drogas e armas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, está oficialmente foragido.
Empresário e pecuarista com ligações políticas em ambos os lados da fronteira, Tonho se beneficiou de uma decisão de soltura concedida pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Reynaldo Soares da Fonseca, em agosto, e desapareceu. Fontes da Polícia Federal acreditam que ele possa estar escondido no território paraguaio.
Após conceder a liberdade, o ministro do STJ voltou atrás, suspendendo a decisão a pedido do MPF (Ministério Público Federal), e um novo mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal. No entanto, ao tentarem cumprir a ordem, os agentes da PF não encontraram Tonho em seus endereços conhecidos em Ponta Porã.
Fuga e ligação com o tráfico
Tonho, que é apontado como o líder de uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de drogas e armas, estava em liberdade quando a decisão do STJ foi suspensa. Ele foi declarado foragido após não ser encontrado pela PF. Junto com ele, também é considerado foragido seu filho, Antônio Joaquim Mendes da Mota, o "Motinha", apontado como sucessor do pai nos negócios ilícitos. Motinha já havia escapado de três operações da PF nos últimos 18 meses e segue "em local incerto e não sabido".
Histórico de prisões e solturas
Em junho de 2023, no âmbito da Operação Magnus Dominus, Antônio Joaquim da Mota teve sua prisão preventiva solicitada pelo MPF, juntamente com outros membros da organização, incluindo seu filho. No entanto, o pedido de prisão do patriarca foi negado pelo juiz de primeira instância. O MPF recorreu, e o TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) determinou a prisão de Tonho.
Ele foi capturado em 20 de fevereiro de 2023, enquanto circulava em um carro esportivo pelo centro de Ponta Porã. Tonho foi transferido de helicóptero para o presídio federal em Campo Grande.
A defesa de Antônio da Mota recorreu ao STJ, argumentando que a prisão violava o princípio do contraditório e era desnecessária, uma vez que ele não havia sido denunciado nas operações Hélix e Magnus Dominus. A defesa também questionou a inclusão de Tonho no sistema prisional federal sem uma solicitação formal, além do excesso de tempo para a abertura de prazo de resposta às acusações.
Em 15 de agosto de 2023, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca do STJ concedeu a soltura de Antônio Joaquim da Mota, relaxando sua prisão preventiva. No entanto, o MPF recorreu, argumentando que havia "provas robustas" e que a soltura poderia facilitar a fuga do traficante internacional. O ministro suspendeu a decisão, mas Tonho já havia fugido.
Até o momento, a defesa de Antônio Joaquim da Mota não se manifestou publicamente sobre o paradeiro do acusado ou a sua fuga.
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