Justiça
Justiça começa a ouvir testemunhas no caso da corredora morta por estudante de medicina em Campo Grande
Danielle Correa foi atropelada enquanto treinava na MS-010; réu responde em liberdade provisória com medidas cautelares
12/05/2025
09:00
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O caso da morte da corredora Danielle Correa de Oliveira, atropelada aos 41 anos em fevereiro deste ano, entra em nova fase nesta terça-feira (13), com o início da oitiva das testemunhas de acusação, marcada para as 16h30 no Fórum de Campo Grande.
O atropelamento foi causado pelo estudante de medicina João Vilela, que dirigia sob efeito de álcool, segundo apontam os indícios reunidos pela investigação. A primeira audiência do processo, inicialmente prevista para abril, havia sido adiada. A segunda audiência está marcada para 10 de junho, ocasião em que o acusado deve prestar depoimento.
João Vilela teve a prisão preventiva revogada em 21 de março, após decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que concedeu liberdade provisória mediante medidas cautelares, entre elas:
Proibição de dirigir qualquer veículo automotor
Proibição de frequentar bares e locais que vendam bebidas alcoólicas
Compromisso de comparecer a todos os atos do processo
Proibição de mudar de residência ou ausentar-se sem autorização judicial
“A única oportunidade que tive de trazer um juiz que pensa diferente, que entende que o direito do acusado também deve sobressair, foi no Tribunal de Justiça”, declarou na época o advogado de defesa José Roberto Rosa, ao elogiar o desembargador responsável pela decisão.
O atropelamento ocorreu na rodovia MS-010, enquanto Danielle treinava para uma maratona com um grupo de corredores. Ela morreu no local e outra atleta também ficou ferida. Segundo testemunhas, João apresentava visíveis sinais de embriaguez, recusou-se a realizar o teste do bafômetro e usava uma pulseira de uma casa noturna. No carro, foram encontradas latas e garrafas de cerveja.
Imagens da audiência de custódia, realizada em 16 de fevereiro, mostram o estudante chorando ao ouvir a decisão judicial que determinava sua prisão naquele momento.
Danielle Correa era reconhecida na comunidade esportiva de Campo Grande como uma atleta amadora dedicada e engajada, que participava de treinos e corridas regularmente. Sua morte causou comoção e mobilizou grupos de corredores, amigos e familiares que exigem justiça e responsabilização.
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