POLICIAL
Mãe de Júlia, que morreu afogada, já perdeu um filho assassinado e outro preso por homicídio na Afonso Pena
Mãe enfrenta a dor de segunda perda: "a marca sempre é a dor, nunca sara"
12/09/2024
08:30
CGN
Júlia, à esquerda, e o irmão, Jhonny, quando foi preso por assassinato
Júlia Áurea dos Santos de Souza, de 20 anos, que morreu afogada em uma piscina de um espaço de eventos na madrugada desta quarta-feira (11), em Campo Grande, é irmã de Jhonny de Souza Mota, condenado pelo assassinato do estudante de enfermagem Rhennan Matheus Oliveira Tosi, em outubro de 2021, nos altos da Avenida Afonso Pena. Além disso, Júlia também perdeu outro irmão, de 16 anos, que foi morto a facadas em março de 2013.
A festa que terminou na tragédia começou no Bairro Dom Antônio Barbosa e terminou em um espaço de eventos no Tijuca. Segundo a Polícia Civil, testemunhas afirmaram que Júlia consumiu bebida alcoólica antes de entrar na piscina, onde foi posteriormente encontrada boiando. Tentativas de reanimação foram feitas por um convidado e, em seguida, pelos bombeiros, mas sem sucesso. O óbito foi confirmado no local.
A polícia investiga possíveis circunstâncias suspeitas, pois o WhatsApp foi desinstalado do celular de Júlia, e o histórico de chamadas e mensagens foi apagado no dia da morte. A mãe de Júlia, Herlen Coelho de Souza, expressou sua dor e surpresa com os acontecimentos e também mencionou a preocupação com a exclusão dos dados do celular da filha. "A verdade vem à tona, cada verdade eu quero saber", disse ela.
Na despedida de Júlia, Herlen usava uma camiseta estampada com o rosto da filha e a frase: "Na memória de quem ama não há lugar para o esquecimento, apenas para a saudade daqueles que durante a vida nos trouxeram tanta alegria. Eterna em nossos corações, que Deus te receba de braços abertos. #Julinha".
Herlen, que já havia enterrado outro filho em 2013, agora sofre a dor da segunda perda. Em março de 2013, o irmão de Júlia, então com 16 anos, foi assassinado a facadas em uma briga no Bairro Santa Luzia. Segundo relatos, o adolescente foi esfaqueado ao questionar o agressor sobre um ataque anterior a seu irmão mais velho. O assassino fugiu após o crime, mas foi identificado.
Além das tragédias familiares, Jhonny de Souza Mota, outro filho de Herlen, foi condenado a 15 anos de prisão pelo homicídio de Rhennan Matheus Oliveira Tosi, de 19 anos. O crime ocorreu em 31 de outubro de 2021, quando Jhonny, conhecido como "Pulapão", disparou contra Rhennan após uma discussão no estacionamento das obras do Aquário do Pantanal. Jhonny foi preso no dia seguinte e condenado em setembro do ano passado.
Agora, Herlen enfrenta mais uma perda trágica e lida com a dor de ver a família devastada por tragédias violentas. "A marca sempre é a dor, nunca sara", desabafou a mãe, que agora dedica seu amor à neta, filha de Júlia, de apenas 2 anos.
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