Neste sábado (7), feriado da Independência do Brasil, o desfile cívico-militar em Campo Grande atraiu milhares de pessoas ao centro da cidade. As arquibancadas, localizadas entre as Ruas Marechal Cândido Mariano Rondon e 15 de Novembro, ficaram lotadas desde cedo. Muitas famílias chegaram horas antes para garantir um bom lugar, mantendo a tradição de levar as crianças para assistir ao evento. O governador Eduardo Riedel (PSDB) realizou a revista à tropa e seguiu para o palanque das autoridades.

Retomando tradições familiares

Entre os espectadores, a auxiliar de saúde bucal Ana Paula Prado, de 31 anos, trouxe sua filha de 11 anos e o sobrinho de 4 anos para vivenciar o desfile pela primeira vez. “Quando criança, eu vinha com as minhas tias, mas fomos crescendo e a tradição acabou. Espero que eles gostem e se interessem por coisas boas e novidades. Para eles, será uma experiência nova, e quero continuar trazendo-os nos próximos anos”, comentou Ana.

Já a vendedora Giovanna Vilela, de 20 anos, participou pela primeira vez do desfile para prestigiar o esposo, cabo do Exército Brasileiro. Acompanhada da família, ela trouxe até uma cadeira para garantir o conforto. “Sempre achei interessante, mas nunca senti vontade de vir. Agora que ele está participando, resolvemos assistir”, disse Giovanna.

Desfile marcado por emoção

Para a aposentada Paula Iara Dias, de 72 anos, o evento faz parte de uma tradição familiar há mais de 20 anos. Ela chegou cedo para assistir à neta, que desfila pela escola Teotônio. “Ela vai subir com uma tocha. Sempre tivemos alguém da família participando, e mesmo se não tivesse, eu viria", relatou Paula.

A engenheira civil Pieda Veigas, de 35 anos, também compartilha esse sentimento. Ex-militar, ela aguarda com emoção a participação de seu filho, que desfila pelo Colégio Militar. “Fico emocionada, é um dia muito representativo. O patriotismo é algo que valorizo muito”, destacou Pieda.

Ambulantes no evento

Trabalhando no evento há 25 anos, o ambulante Cláudio Borges de Queiroz, de 58 anos, enfrentou dificuldades para conseguir vender seus produtos este ano. “Tive problemas com a polícia, mas consegui um lugar para vender. As vendas estão menores, normalmente venderia 150 unidades, mas hoje foram apenas 50”, comentou Cláudio, que comercializa chipa e café.

Por outro lado, Pedro Luciano, que vende balões e brinquedos, afirma que o evento é uma ótima oportunidade de vendas. “Dá para tirar um bom rendimento, geralmente consigo vender mais de 50 unidades”, contou.

Mais de 3,9 mil participantes no desfile

O desfile deste ano contou com a participação de mais de 3,9 mil pessoas, incluindo representantes de escolas, entidades e autoridades de Mato Grosso do Sul. Entre os presentes, o governador Eduardo Riedel e a prefeita Adriane Lopes acompanharam de perto a cerimônia.

Confira a quantidade de participantes de cada grupo:

• Exército: 1.100
• Filhas de Jó: 20
• Ordem Demolay: 40
• Cidade dos Meninos: 170
• Escolas Estaduais: 800
• CMCG (Câmara Municipal de Campo Grande): 950
• Defesa Civil: 20
• Fundesporte: 9
• PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul): 592
• PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul): 70
• Polícia Científica: 40
• CBMS (Corpo de Bombeiros de MS): 45
• Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário): 100
• FAB (Força Aérea Brasileira): 100

Trânsito e logística do evento

O desfile percorre diversas ruas do centro de Campo Grande, com bloqueios e interdições em áreas como:

• Rua 13 de Maio (entre Avenida Mato Grosso e Avenida Fernando Corrêa da Costa)
• Rua 14 de Julho (entre Avenida Fernando Corrêa da Costa e Rua Barão do Rio Branco)
• Avenida Fernando Corrêa da Costa (entre Rua Rui Barbosa e Avenida Calógeras)
• Avenida Mato Grosso (entre Avenida Calógeras e Rua 13 de Maio)
• Além de outras ruas importantes, como Antônio Maria Coelho, Maracaju e Marechal Cândido Mariano Rondon.

Durante o evento, policiais militares e integrantes do Exército Brasileiro estão orientando o trânsito na região para garantir a fluidez, já que o grande público gerou um intenso movimento de veículos, especialmente nas proximidades da Avenida Mato Grosso.